Líder nas pesquisas eleitorais para presidente da República,
o deputado Jair Bolsonaro foi favorável em 1993 à redução da licença
maternidade, de 120 dias, um direito garantido pela Constituição de 1988.
Bolsonaro, que era filiado ao PPR do Rio, também defendia passar o tema da
estabilidade da gestante para discussão em lei ordinária. Essas posições do deputado
Jair Bolsonaro e de outros políticos que hoje disputam a Presidência da
República foram registradas pelo Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap), que entrevistou os parlamentares e produziu uma série de
livros, entre eles a série A Cabeça do Congresso. Durante as discussões da
reforma da Constituição, Bolsonaro também foi favorável à “privatização
parcial” da previdência social pública. Bolsonaro se definia um
social-democrata de centro. Quando o Diap distribuiu o questionário, o deputado
estava com 35 anos de idade. Ele era a favor da edição de medidas provisórias
“com maior rigor” e era contra a reeleição de Presidente da República. A
assessoria de Bolsonaro informou que ele está viajando e que não deverá se
pronunciar sobre os temas acima.
O Diap também entrevistou o então deputado Geraldo Alckmin
(PSDB-SP), que estava com 40 anos de idade. Alckmin se definia como um
social-democrata de centro-esquerda. Alckmin foi a favor de preservar na
Constituição a licença maternidade de 120 dias e a estabilidade da gestante. O
ex-governador de São Paulo foi a favor de ampliar os direitos do trabalhador
doméstico, com compensações para o empregador. Para o deputado Alckmin, a
estabilidade dos servidores públicos deveria ficar restrita às atividades
típicas do governo. Alckmin era contra a edição de medidas provisórias. Ele
também era contrário à reeleição de Presidente da República. Alckmin era
favorável em manter a previdência social pública, mas com um regime de
“co-gestão”.
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