“Se você fizer uma análise das bobagens que se tem vivido, é
um negócio impressionante. É um show de besteiras. Isso tira o foco daquilo que
é importante”, disse Santos Cruz. “Tem muita besteira. Tem muita coisa
importante que acaba não aparecendo porque todo dia tem uma bobagem ou outra
para distrair a população, tirando a atenção das coisas importantes.”
Sem mencionar nomes, Santos Cruz afirmou que “essas brigas
por Twitter” não são o que interessa para o Brasil e que o País “não pode
continuar discutindo esse nivelzinho de coisa”. “O que acontece é que os
recursos todos de tecnologia estão fazendo muita gente esquecer que a melhor
maneira de você se comunicar, principalmente entre pessoas públicas, não é de
maneira pública. É pessoalmente.”
Ataques
Santos Cruz foi substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos.
Antes da demissão, havia sido alvo de ataques dos filhos do presidente e de
Olavo de Carvalho, guru do governo.
Apesar do relacionamento de longa data com Bolsonaro, Santos
Cruz disse que “não tem chance de cultivar essa amizade” com o presidente. “Ele
está no governo como presidente da República. Não tem nem oportunidade de que
isso seja cultivado porque a pessoa está em outras atribuições que tomam muito
a vida da pessoa. Deixa governar. Tomara que dê tudo certo.”
Por fim, declarou que não perguntou a razão da demissão. “A
partir da hora que decidiu, não vou ficar gastando tempo para discutir o
porquê. É mais uma obrigação da pessoa explicar. Não é só direito meu saber,
como é obrigação da pessoa explicar. Ele não explicou.”
Questionado nesta quinta-feira, 20, o presidente Jair
Bolsonaro afirmou não ter lido a entrevista do general Santos Cruz, demitido
por ele na semana passada, à Revista Época, mas afirmou que o ex-ministro é
“página virada”. Instigado sobre o fato de Santos Cruz ter dito que o governo
“é um show de besteiras”, completou: “Ele ficou 6 meses no governo e nunca
disse que tinha bobagem lá dentro”. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
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