O comportamento da China no manejo do início do que hoje é a
pandemia do coronavírus já mereceu diversas críticas. Tentativa inicial de
abafamento, estatísticas inconfiáveis e crescente autoritarismo em nome da
emergência sanitária são alguns dos itens a observar.
Também é certo que a crise de proporção planetária, enquanto
inspira cenas inauditas de solidariedade, tem mostrado a face predatória de
nações com mais recursos, notadamente os Estados Unidos. Acirra-se a competição
por meios para combater a Covid-19.
A lógica prevalente nas cadeias produtivas globais colocou
nos chineses peso enorme na confecção de insumos básicos na crise, de simples
máscaras cirúrgicas a ventiladores mecânicos.
Logo, apenas um lorpa decidiria eleger Pequim como alvo no
momento em que cooperação e boa vontade são tão importantes. Ou alguém vil.
Seja qual for o caso, tal indivíduo existe e ora ocupa um dos mais importantes
ministérios do Brasil, o da Educação.
Abraham
Weintraub conseguiu reacender uma crise que estava contida após o
presidente Jair Bolsonaro conversar por telefone com o líder da ditadura
chinesa, Xi Jinping, na semana retrasada.
O contato visava contornar declarações do deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP), filho presidencial que havia endossado a acusação de que a
China contribuíra para piorar a propagação do vírus, para a ira da diplomacia
chinesa.
Por sua vez, Weintraub encontrou tempo para fazer troça de
indisfarçável tom xenófobo ao modo como parte dos asiáticos pronuncia palavras
da língua portuguesa. Tudo isso para questionar quem sairia ganhando mais da
crise atual.
Não satisfeito, ao ser ouvido sobre críticas da Embaixada da
China, que apontou racismo
na manifestação, Weintraub
subiu o tom.
Disse que se desculparia caso Pequim vendesse mil
respiradores a preço de custo —e sugeriu que o país asiático escondeu
informações ao mundo sobre a doença para auferir lucro com equipamentos, além
de ter escondido o número de ventiladores que possui.
Weintraub, assim como Eduardo Bolsonaro, testa os limites do
que há de pior no bolsonarismo radical.
Infelizmente, comanda uma pasta que não pode se dar ao luxo da estagnação. Não satisfeito em comprometer o futuro do ensino nacional, o ministro se coloca entre o Brasil e seu maior parceiro comercial. Trata-se de um caso clínico.
Infelizmente, comanda uma pasta que não pode se dar ao luxo da estagnação. Não satisfeito em comprometer o futuro do ensino nacional, o ministro se coloca entre o Brasil e seu maior parceiro comercial. Trata-se de um caso clínico.


Nenhum comentário:
Postar um comentário