Diário da Crise CV
Esse movimento de derrubada de estátuas foi muito discutido.
Na Rússia, gostei da solução dada para elas: existe um parque só de estátuas
que não merecem mais ser expostas. Ficam ali como um documento histórico. Andei
fazendo umas fotos de Lenin e Marx esquecidos na grama.
Agora, vejo no discurso de hoje de Trump que ele vai
transformar esse tema num das grandes bandeiras de campanha. Ele chama de
esquerda neofascista, o grupo que derruba estátuas.
Não entro no mérito da discussão, creio que estátuas só
interessam aos pombos. Mas creio que é preciso cuidado pois eleitoralmente é um
bom tema para a extrema direita.
A frente fria durou até hoje à tarde. Acredito que teremos
um domingo de sol. Queria ver o jogo do Flamengo na tevê mas o clube decidiu
exibí-lo por um aplicativo e custei a desvendar como me inscrevia. Desse jeito,
não vão faturar os milhões que pretendem.
Bolsonaro voltou a falar na cloroquina. Disse que a única
esperança no momento, antes da vacina. A OMS voltou a falar da cloroquina,
dessa vez para afastá-la em definitivo.
Ele continua a rejeitar a máscara. Assim como Trump. Os dois
são líderes e talvez queiram mandar essa mensagem de que ninguém dar ordens
sobre seu corpo.
Se insistirem nessa lógica, vão evitar o toilete e fazer
pipi na rua.
Afinal são livres de qualquer pressão social.
Terminei de ler o livro sobre a II Guerra Mundial escrito
por Churchill. Bem escrito. Que experiência viveram os povos europeus naqueles
anos. O livro termina com Stalin ainda duvidando da invasão alemã, na véspera
do ataque.
Agora posso deixar a história de lado e aproveitar a semana
para a literatura. Estou lendo um livro excelente sobre a viagem de Rugendas
pela Argentina. Rugendas é o pintor do livro Viagem Pitoresca pelo Brasil. Um
grande talento. Ele faz coisas com a pintura que a fotografia não consegue nem
chegar perto.
Passarei o domingo com ele, com uma ligeira pausa para o Flamengo e seu complicado aplicativo.
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