Henrique Brandão faz homenagem aos 90 anos do poeta Ferreira
Gullar
No mês de setembro deste ano, o poeta Ferreira Gullar
completaria 90 anos. Não conseguiu receber as devidas homenagens. Faleceu em
dezembro de 2016, dois meses depois de completar 86 anos, como lembra o
jornalista Henrique Brandão. Em artigo na revista Política Democrática Online
de outubro, ele lembra que o poeta, cujo nome de batismo era José Ribamar
Ferreira, “era um homem de hábito simples”.
A publicação é produzida e editada pela FAP (Fundação
Astrojildo Pereira), sediada em Brasília e que disponibiliza todos os
conteúdos, gratuitamente, em seu site. “Magro, com a cabeleira escorrida ao
longo do rosto, o nariz adunco e as mãos expressivas – que gesticulavam sem
parar enquanto falava – não passava despercebido onde quer que estivesse”,
escreve Brandão sobre Gullar.
Além de poeta, Gullar foi jornalista, crítico de arte,
ensaísta, artista plástico, cronista e dramaturgo. Participou ativamente do
Concretismo e do Neoconcretismo, movimentos importantes no cenário da cultura
brasileira, nos anos 1950. “Gullar entrou tarde na política. Já rompido com o
Neoconcretismo, participava do Centro Popular de Cultura (CPC), ligado à União
Nacional dos Estudantes (UNE), quando ocorreu o golpe de 1964”, lembra Brandão.
“Eu me filiei ao PCB [Partido Comunista Brasileiro] no dia
do golpe de 64. Eu queria participar da resistência a um regime que se impunha
ao país pela força”. Após o fechamento da UNE (União Nacional dos Estudantes),
Gullar e seus companheiros fundaram o grupo Opinião, que, segundo Brandão, teve
grande repercussão com suas peças e shows musicais.
Após o AI-5, em 1968, o regime militar apertou o cerco.
“Sobrou para todo mundo que se opunha à ditadura, até mesmo para os comunistas
ligados ao PCB, que não defendiam a luta armada. A essa altura, Gullar fazia parte
do Comitê Cultural do PCB”, escreve o autor do artigo na Política Democrática
Online.
Clique
aqui e acesse a revista Política Democrática Online de outubro!
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Nenhum comentário:
Postar um comentário