Desde 1982, quando as eleições diretas foram plenamente restabelecidas, os institutos de pesquisa ganharam protagonismo. Cometeram erros em vários Estados, mas acertaram bastante.
Estão aprovados dentro da margem de erro.
Talvez por causa do índice de acertos, se acharam infalíveis.
O resultado do primeiro turno mostrou que não chegam a tanto.
Arriscaram tudo ao cravar que a vitória de Lula no primeiro turno seria suficiente para decidir a parada.
Deu no que deu.
A verdade é que os eleitores indecisos, apurados pelas pesquisas, seriam o fato mais notável desta campanha.
Os analistas políticos foram os que mais acreditaram na existência de 35% de eleitores indecisos, e quase todos interpretaram isso como um fenômeno eleitoral, uma apatia expressiva a indicar que haveria uma grande abstenção. A abstenção foi a de sempre e o erro grosseiro dos institutos de pesquisa precisa ser investigado.
Nos últimos 10 dias, os institutos de pesquisa estão correndo atrás de explicações. A última é a mais prosaica: 10% dos eleitores decidiram justamente no dia da eleição.
Estamos a menos de 20 dias do segundo turno, e a campanha pega fogo.
Lula segue favorito.
– Arthur Gondim
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