Da revista The Economist
Eduardo Campos é tanto gestor moderno e chefe político
antiquado. Como governador do pobre estado nordestino de Pernambuco, ele atraiu
o investimento privado, trouxe gestores privados em hospitais estaduais,
elementos da remuneração baseada em desempenho para professores introduzido e
fez algumas escolas funcionam de um dia inteiro de oito horas, ao invés do
quatro horas muda comum no Brasil.
Ele também é o líder do Partido Socialista Brasileiro (PSB)
e que tinha sido o seu candidato presuntivo para desafiar a presidente Dilma
Rousseff, do Partido dos Trabalhadores no poder (PT), em uma eleição presidencial
do próximo ano. Uma coisa que lhe faltava era o nome de reconhecimento
nacional. Isso começou a mudar no dia 5 de outubro, quando o PSB anunciou uma aliança com Marina Silva , ativista ambiental popular e, como o Sr. Campos,
ex-ministro no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dois dias
antes, a mais alta corte eleitoral do país havia se recusado a registrar a Rede
de Sustentabilidade, um partido que está sendo criado pelo Ms Silva, alegando
que ele não tinha conseguido enviar as 492 mil assinaturas de apoio que novos
partidos devem recolher.
Ao invés de juntar-se de um cardume de partidos tiddler ou
retirar-se da briga, ela inesperadamente plumped para o PSB, espirrando ela e
rostos do Sr. Campos nas primeiras páginas dos jornais e capas de revistas. A
decisão sobre qual deles vai desafiar Dilma Rousseff será feita no início do
próximo ano. Enquetes colocar Ms Silva à frente do Sr. Campos em um concurso de
head-to-head com Dilma Rousseff (que bate tanto deles). Será que o Sr. Campos se
contentar com a vice-presidência?
Essa foi uma das perguntas The Economist perguntou ao Sr.
Campos em uma entrevista durante sua breve visita a Londres, parte de uma turnê
européia, que também teve na Alemanha, para ligar oportunidades de negócios de
Pernambuco e angariar investimentos no estado. Além da eleição do próximo ano
discutimos os protestos deste ano e perpétuo impasse político no Brasil. Aqui
está uma versão editada da conversa.
Vamos começar com a notícia. O anúncio surpresa sobre sua
aliança com a Marina [Silva] foi um grande golpe publicitário. Como estão as
negociações com o [Sustentabilidade] Rede indo?
Nosso encontro, do PSB e da Rede, o meu encontro com Marina,
é natural. Compartilhamos origens semelhantes. Viemos do mesmo campo político.
Estávamos no parlamento junto e tomou uma postura semelhante em muitas
questões. Nós servido no governo do presidente Lula [de Dilma Rousseff PT
antecessor]. E ambos PSB e da Rede têm, em suas próprias maneiras, vem buscando
uma nova política.
Nosso encontro foi provocado pela decisão judicial de não
registar a rede como um partido político para as eleições de 2014. Marina
decidiu não ficar de fora do processo político, mas também para não olhar para
uma festa apenas para ser seu candidato. Ela estava procurando uma aliança
baseada em programa. Ela examinou o cenário político e descobriu que ela tinha
mais em comum com o PSB.
No nosso primeiro documento conjunto emitido em 05 de
outubro nos propusemos três pontos principais. Primeiro, o nosso compromisso de
preservar conquistas recentes do Brasil: a democracia, a estabilidade econômica
e fiscal e inclusão social. Em segundo lugar, o nosso desejo de melhorar a
política brasileira a fim de aperfeiçoar as nossas instituições. Em terceiro
lugar, o nosso desejo de começar um novo ciclo de desenvolvimento sustentável.
Estes são os pontos centrais da nossa compreensão.
Depois, no dia 28 de outubro, reuniu 120 políticos,
cientistas, pesquisadores, ativistas e empresários. Começamos a carne a cada um
dos três pontos centrais com cinco idéias fundamentais. No início do próximo
ano, pretendemos apresentar os contornos de nossa plataforma. Nós nos
comprometemos a concluir o programa de governo antes de junho, a fim de
apresentar para a sociedade e não apenas uma lista de nomes para disputar a
eleição, mas uma maneira de pensar sobre o que precisa ser feito para que o
Brasil a fazer progressos sobre a próximas duas décadas. Estes oferecem uma
janela de oportunidade demográfica e, assim, permitir um salto econômico e
social para a frente. Para que o Brasil consiga o século 21. É uma visão de
longo prazo, com objetivos de curto e médio prazo. Não basta ter a perspectiva
macroeconômica, mas concentra-se em várias facetas da vida brasileira.
Há um ponto de discórdia potencial que imediatamente vem à
mente no que diz respeito às negociações de coalizão. Um de seus sucessos como
governador de Pernambuco tem sido para estimular o agronegócio ea indústria
petroquímica. Marina fez seu nome como um ativista ambiental que não foi sempre
à vontade com isso. Como você conciliar essas tensões?
O agronegócio é muito importante para o Brasil: 25% dos
empregos no Brasil estão ligados à agricultura, do agronegócio para as pequenas
explorações familiares. Superávit comercial do agronegócio no ano passado foi
duas vezes maior que o superávit comercial em geral. O agronegócio brasileiro
tem laços estreitos com a ciência ea tecnologia. Temos uma base de pesquisa
esplêndido no Brasil, em nossas universidades e Embrapa [um instituto agrícola,
pesquisa nacional]. Claramente, então, Marina e eu preciso falar sobre o
agronegócio. E nós podemos ajudá-lo a modernizar-se, forjar ligações mais com a
ciência, reconhecer o valor da sustentabilidade, competir nos mercados globais,
que hoje demanda de produção ambientalmente responsável.
Tanto Marina e eu também estão familiarizados com a
realidade da fome. Ela vem do norte do Brasil, e eu venho do Nordeste, duas das
regiões mais pobres. Sabemos por estudos que nas próximas décadas o Brasil tem
de aumentar a produção de alimentos em 40% para evitar a escassez de alimentos
em todo o mundo. Brasil apresenta na ONU e do planejamento estratégico da FAO
como um importante produtor de alimentos. Nós também temos uma responsabilidade
para com os brasileiros cerca de 200m, muitos dos quais ainda passam fome.
Agricultura brasileira, então, enfrenta uma tarefa que não é
só nacional, mas global. Sabemos muito bem que é fundamental ter o apoio do
agronegócio brasileiro. E o agronegócio sabe que é fundamental que integrar
estes conceitos e valores que são representados pelo senador Marina Silva, e
que também representam.
Portanto, não há conflito. Sabemos que temos de procurar um
caminho que é bom para o agronegócio brasileiro. Quando eu servi no governo
Lula como ministro da ciência e tecnologia, eu trabalhei junto com Marina para
monitorar o desmatamento, onde o Brasil teve uma grande responsabilidade no que
diz respeito às mudanças climáticas. Começamos a monitorar a Amazônia com a
ajuda de satélites e outras tecnologias. E conseguimos reverter a devastação de
áreas florestais. Sabemos que a ciência brasileira já desenvolveu tecnologias
para que as pastagens podem ser reflorestadas ou convertido em cereais de
crescimento. É um importante debate respeitoso e, acima de tudo, benéfica tanto
para a economia e para a natureza.
Você já decidiu que um de vocês vai concorrer à presidência
e que irá concorrer à vice-presidente? Suas ambições presidenciais têm sido
muito clara por um tempo. Será que você realmente esteja disposto a tomar um
banco traseiro?
Primeiro vamos cuidar do programa. E vamos tomar a decisão
quanto à lista já no início de 2014. Nós não vemos qualquer problema com tomar
essa decisão. A discussão de hoje, para mim e para Marina, não é sobre os
candidatos. É sobre o projeto para o nosso país e nosso povo.
O que você acha das últimas pesquisas? Dilma parece ter se
recuperado da crise de verão e as pesquisas sugerem que ela ganha no segundo
round. A rede não é um partido político registrado, e não terá o tempo de
televisão de campanha que os partidos são oferecidas. Como você acha que você
pode bater Dilma?
Acredito que vamos ganhar com idéias. Vamos vencer com a
nossa história. Vamos vencer, mostrando que existe um caminho novo, com certeza
a frente. E que esta nova forma irá inspirar entusiasmo no Brasil, entre os
jovens, artistas do Brasil, intelectuais, trabalhadores, empresários. Eles vão
ver que há mais para o Brasil do que a polarização [entre PT da Dilma, que
governou desde 2003, eo partido centrista da Social Democracia Brasileira, ou
PSDB, que governou 1994-2002], que já deu ao Brasil tudo que tinha que dar. Uma
pesquisa de opinião realizada com rigor oferece um instantâneo de um momento. Mas
eu já vi muita gente ganhar eleições e perder as eleições. E eu já vi muita
gente perder votações e eleições vitória. Marina e eu prefiro ganhar eleições
do que as pesquisas.
Vamos supor por um momento que você é presidente agora. O
que você estaria fazendo de diferente para Dilma? Onde especificamente está
Dilma vai mal?
Algumas ações do governo são de mero curto prazo. O governo
também passou a fazer parte de uma aliança política que já não representa a
sociedade brasileira. Essas forças políticas não permitiria que qualquer coisa
que chega perto de uma solução para os problemas estruturais do Brasil e dos
serviços públicos pobres, que precisam de mais recursos financeiros e humanos.
A política atual seria, na melhor deixar muitas coisas como elas são. Mas, no
momento, corremos um sério risco de regredir a partir do final da presidência
de Lula.
Você disse que os serviços de educação, saúde pública e
precisam de mais recursos. Onde os recursos vêm? Você acha que os impostos
precisam subir ainda mais para atender a essas necessidades da sociedade?
Impostos no Brasil já são elevadas para os padrões de um média-alta renda país
36% do PIB.
Sob nenhuma circunstância o Brasil precisa aumentar os
impostos. Precisamos de um sistema tributário mais inteligente novo, que não se
multiplicam acusações, não impede a criação de emprego, e não tornar a vida
difícil para as pequenas e grandes empresas. Esta reforma só pode ser feito se
for aprovada rapidamente, mas implementado de forma incremental.
É fundamental, também, que este ambiente econômico nos
permite formar parcerias estrangeiras para que as exportações brasileiras
adicionar ao crescimento brasileiro. O Brasil não deve limitar-se ao
multilaterais e regionais de acordos comerciais. É preciso intensificar as
relações comerciais bilaterais.
Então, precisamos de uma política macroeconômica com uma
visão clara do mercado, para proporcionar um ambiente de negócios estável. Se
isso é combinado com uma boa gestão, e nós só podemos ter uma boa gestão, se
temos bons gestores e com objetivos claros, então podemos identificar resíduos
e transformar a despesa ruim em boa gastos. Isso abriria espaço fiscal para os
investimentos nas áreas importantes.
Uma boa gestão depende muito da nova política. Distribuir
pedaços de riqueza em cumplicidade com as forças políticas que estão por trás
das vezes nunca vai levar a uma boa gestão dos recursos públicos. Ele sempre
vai levar a uma falta de dinheiro que vai ser ligado por meio de imersão em
bolsos dos contribuintes ou os cofres da empresa. Precisamos olhar para o
dinheiro, tornando a economia mais eficiente, empregando boas normas de gestão
e de política macroeconómica sã.
Uma das maneiras de tornar a economia mais eficiente é fazer
com que o estado fora do negócio. Você seria a favor de mais concessões para o
setor privado, as parcerias público-privadas, leilões de bens do Estado, a
privatização?
Olha o que eu fiz como governador do Estado. Não é sua resposta.
Nós somos um dos três estados que fazem a maioria das parcerias
público-privadas. Nós não temos nenhum preconceito contra a colaboração com o
setor privado. Entendemos que é necessário que haja regras claras para que os
empresários brasileiros e estrangeiros podem fazer negócios no Brasil. Devemos
procurar recursos, onde eles vêm do mundo, para financiar bons projetos para
melhorar a produtividade da nossa economia e da qualidade de vida, por exemplo,
na área de transporte urbano. A iniciativa privada pode nos ajudar a
libertá-los.
Como você se incentivar as empresas brasileiras a investir
mais? Um dos grandes problemas que muitas pessoas estão apontando para o Brasil
no momento, por exemplo, a OCDE no seu último "Economic Outlook", é
fraca produtividade. Assim, o crescimento tem por muito tempo, principalmente
contou com mais pessoas na força de trabalho, e muito pouco do crescimento,
cerca de um quarto, veio o aumento da produtividade. O que poderia ser feito
para melhorar a produtividade dos brasileiros?
Grandes investimentos em inovação, treinamento, com foco nas
cadeias produtivas mais importantes, melhorou telecomunicações e
infra-estrutura logística.
Havia alguma esperança de que os investimentos do exterior
pode ajudar a financiar infra-estruturas. Os chineses parecia particularmente
interessada em infra-estrutura de transporte. Em 2010, o IED chinês somaram
mais de US $ 13 bilhões. Este ano que tem sido até agora menos de US $ 1
bilhão. O governo está fazendo algo para desencorajar o investimento
estrangeiro. O que poderia ser feito para incentivá-la de novo?
Regras claras e planejamento claro de longo prazo aumentaria
as perspectivas para o Brasil mais uma vez. Isso pode ser feito rapidamente
para fazer investimentos acontecer, com uma contribuição de capital nacional,
bem como estrangeiro, que damos as boas vindas, especialmente quando se apoia o
investimento a longo prazo que terá um impacto em toda a nossa economia, como
investimentos em infraestrutura não.
Você concorda com a decisão do governo de destinar 10% do
PIB para a educação?
Os gastos com educação, bem feito, tem que ser aplaudido.
Mas toda a despesa tem de ser cuidadosamente gerido para melhorar a qualidade.
Brasil enfrenta um desafio de colocar todas as suas crianças em idade escolar
primária nas escolas. E o Brasil tem para superar a crise de identidade do
ensino secundário da escola. Todas as crianças que desejam participar de um dia
inteiro de escola deve ser capaz de fazer. Precisamos olhar para o currículo de
modo que não apenas os cidadãos de forma que vai buscar mais conhecimento, mas
também torna-los a entender o mundo do trabalho. Hoje nossas crianças têm
acesso a fontes de conhecimento além da escola: telefones celulares,
computadores. Eles não mais aulas chatas de fantasia que estão desconectados de
suas vidas do dia-a-dia e do que eles percebem no mundo do trabalho. Precisamos
criar escolas que nossos jovens querem participar, porque haverá lições
interessantes sobre temas interessantes que não formam apenas os cidadãos, mas
também os profissionais de amanhã.
Como você foi fazer sobre isso em Pernambuco?
Com dificuldades. Toda mudança encontra incompreensão e
forças reacionárias. Você tem que estar aberto a sugestões, a fim de ganhar o
apoio do público em geral e da comunidade escolar: funcionários, professores,
alunos, famílias dos alunos. Para fazê-los ver que essas mudanças estão fazendo
escola melhor, que quando as crianças saem da escola eles são capazes de
prosseguir para a universidade, outros se juntar à força de trabalho, outros
ainda iniciar um negócio. Ele deixa de ser um perde-perde e se torna uma
win-win.
No próximo ano, onde quer que esteja, em Pernambuco, você
terá acesso a um dia de escola integral. As escolas vão ser integrados com as
escolas técnicas que preparam os alunos para o mercado de trabalho. Eles serão
integrados com as universidades, também, com instituições de ensino superior
que vêm a cada uma das microrregiões do estado. Tal estrutura para incentivar a
criação de conhecimento afetará os padrões sociais e econômicos, um estado com
universidades, escolas técnicas e dias de escola integral é muito diferente de
um estado onde os alunos aprendem a tempo parcial, a formação profissional é
totalmente ausente, e onde as universidades são o privilégio apenas de quem
vive na capital do estado.
Falando de estados, você acha que o equilíbrio de poder
entre os Estados, como o que você correr, eo governo federal precisa mudar?
O pacto federativo brasileiro mudou significativamente desde
1988. A Constituição de 1988 marcou a redemocratização do Brasil. [Brasil foi
governado por uma ditadura militar entre 1964 e 1985, com a democracia plena só
restaurada em 1989.] Naquela época, quem o escreveu imaginava uma federação,
que trouxe o poder mais próximo das comunidades locais. Municípios e estados
ganhou influência. O governo central, que tinha sido uma expressão de
autoritarismo derrotado, perderia alguns. Após a Constituição de 1988, a
economia atingiu uma fase difícil década. Mudanças no texto da Constituição e
na legislação foi, na verdade, na direção oposta, concentrando o poder no
governo central novamente. Hoje, há uma forte sensação de que uma federação
descentralizada precisa reafirmar-se.
O Brasil tem peculiaridades que a tornam diferente de outros
países federais. Nós temos uma terceira entidade federal: os municípios. Estes
não existem de tal forma em outras realidades federais. Neste momento, ambos os
municípios e estados são fiscalmente espremido por uma série de decisões
tomadas pelo governo central que reduziu as receitas, enquanto forçando-os a
aumentar os gastos. Devemos rever o pacto federativo.
Patrões brasileiros reclamam que o comércio interestadual é
sobrecarregado com impostos pesados. Por exemplo, se uma companhia de navios de
alguns dos seus bens a partir de um armazém em um estado para um armazém em
outro estado, que pode desencadear uma operação de IVA. Esse parece ser um
enorme obstáculo para o comércio interno. O Brasil é um país grande, por isso
tem um grande potencial para o comércio interno. Como isso pode ser tratado?
Isso é algo que é terrivelmente errado com o sistema
tributário brasileiro. Em princípio, o imposto sobre mercadorias deve ser dada
ao seu destino, onde a receita é gerada. Hoje o Brasil faz isso em seu comércio
externo, onde até a década de 1990 nós tivemos taxas de exportação. No comércio
interestadual que ainda o fazem. E por que isso aconteceu? Isso aconteceu
porque quando ICMS [um imposto de vendas do estado] foi enxertado na
Constituição de 1988, a regra em questão foi concebido para ser aplicado no ano
seguinte. Mas se o princípio da receita / destino foram introduzidos
imediatamente, estados como São Paulo iria tomar uma batida. Então, ao invés de
escrever uma regra para o período de transição, durante duas décadas, tivemos o
único sistema de imposto sobre o valor acrescentado no mundo onde a carga
tributária é compartilhada pelo Estado que envia os bens eo estado que os
recebe. Isso faz com que terrível confusão. Tome logística: alguns camiões que
transportam mercadorias para os clientes que não têm direito a papelada são
realizadas em repartições fiscais, o que é loucura no mundo do e-commerce.
Estamos trabalhando em uma regra de transição que afirmar o princípio do
destino, antes mesmo de a reforma tributária mais ampla poderíamos ter uma
regra de transição que reduz precisamente este aspecto negativo do nosso
sistema.
Pernambuco é um estado que cresce rapidamente e Recife
[capital do Estado] está crescendo. Mas ele ainda tem várias centenas de
favelas [favelas]. Alguns de seus
críticos dizem que você deve fazer mais para combater a pobreza. Como você
poderia respondê-las?
Eu gostaria de fazer mais. Acredito que devemos sempre nos
esforçar para fazer mais. Acima de tudo temos de nos concentrar em fazer mais
para os mais pobres, porque a pobreza não pode esperar. Herdamos um Brasil que
não tem cuidado de seus pobres ao longo da história. Em Pernambuco, alguns
desses críticos são os herdeiros daqueles que durante cinco séculos cuidava da
aqueles poderoso e negligenciada que viviam nas favelas . E isso me faz muito
feliz de ver a sua atual preocupação com os pobres, que eles não exibir
enquanto governar Pernambuco. que pode ser feito, a fim de trazer mais pessoas
da pobreza no Brasil? Ele teve um tremendo sucesso em tornar-se um país de
rendimento médio-alto, mas ainda há muitas pessoas pobres. Mais não só poderia
ser feito, mas deve ser feito. Se o Brasil não conseguir alcançar o
desenvolvimento sustentável pudemos ver muitos daqueles que saiu de cair todo o
caminho de volta para baixo. Porque para chegar ao seu novo nível muitos
assumiram dívidas, comprar uma moto, eletrodomésticos, uma televisão ou um
carro. Só o desenvolvimento vai ajudar a cumprir esses compromissos. E, embora
a rede de segurança social melhorou significativamente, nos ajudaria a unir um
melhor. Em última análise, porém, a educação é a chave. Ele liberta as pessoas,
famílias e comunidades da miséria e da pobreza de uma vez por todas.
Qual você
acha que motivou o protesto em junho? Por que os protestos em erupção e por que
eles entram em erupção naquela época?
Porque as pessoas queriam um Brasil
melhor. Se eu não fosse governador eu teria tomado as ruas também. Eu tinha
marchado em 1984, a fim de exigir eleições diretas e para pôr fim ao regime
autoritário. Oito anos mais tarde, marchou com os estudantes que pedem
impeachment [do então presidente Fernando Collor de Mello, que renunciou ao
cargo, mas a quem o Senado começou a acusar de qualquer maneira, e bar de
cargos eletivos por oito anos], que permitiria um governo de coalizão, que foi
sucedido por que do presidente Fernando Henrique [Cardoso, do PSDB, que
governou em 1995-2002 e é creditado com trazer Brasil do caos econômico].
Voltamos às ruas em 2002 para ver Lula ganhar a presidência em sua quarta
tentativa. Que marcou um ponto de viragem importante para a inclusão social
[Lula foi um líder sindical e não faz parte da elite dominante do Brasil].
Ao contrário de outras partes do mundo onde os protestos têm
ocorrido nos últimos meses os brasileiros não saem às ruas em busca de derrubar
regimes autoritários, já que o Brasil não tinha um. Ou para exigir os direitos
que tinham sido privados, porque não tinha sido. Eles tomaram as ruas em busca
de novos direitos, novos padrões políticos. As instituições da cada vez mais
digital, o Brasil real, exigiu a mudança do estado brasileiro analógico. A
agenda era clara: boas escolas, boa saúde, não ter que gastar cinco horas por
dia no ônibus indo e voltando do trabalho. Tem dois aspectos: os valores mais
abstratos e ao direito de uma visão utópica de uma sociedade melhor e,
concretamente, a demanda por melhores serviços públicos. Quando você examinar
essa agenda e, em seguida, olhar para os políticos brasileiros acusados de
decretar-lo, rapidamente concluímos que há uma desconexão. Marina e eu, PSB e
da Rede, juntou-se a fim fazer esse link.
Uma das razões que a política brasileira está em tal impasse
é que ela é terrivelmente fragmentada. Isto é em parte uma consequência do modo
em que o sistema é configurado. Como você garante que o sistema político
funciona de forma mais eficiente?
Em primeiro lugar, devemos entender que a democracia
brasileira é muito jovem. É por menos de 30 anos que tiveram o direito de
eleger o presidente ou governadores. Em segundo lugar, temos que começar a pôr
em marcha uma reforma política em etapas, como com a reforma tributária. É
impossível reformar para a próxima eleição. Para fazer essa reforma em uma
democracia o poder legislativo tem que aprová-la. E se você está indo para
obter uma reforma passou por duas casas do Congresso, é natural que as pessoas que
votariam sobre esta reforma deve perguntar-se-não publicamente, talvez, mas
certamente quando chega a hora de dar o voto: "É esta melhor ou pior para
a minha festa? é melhor ou pior para mim, em termos de retenção de meu mandato?
" Assim, já em seu nascimento a reforma é dificultada pelos interesses
daqueles que estão nos representando através de um sistema que nós pensamos que
é imperfeito, e que, portanto, não são os melhores representantes que
acreditamos que a sociedade pode ter. Devemos projetar a reforma de modo que
que entra em vigor de forma incremental: a parte em quatro anos, uma parte em
oito anos, uma parte em 12 anos. Dessa forma, você despersonalizar o processo.
Ainda temos que abordar este assunto em detalhes em nossas discussões com a rede,
mas o PSB já tem defendido algumas ideias sobre o que fazer primeiro: fazer
eleições executivas [para presidente, governadores e prefeitos] coincidirá com
eleições legislativas; impor mandatos de cinco anos sem reeleição para cargos
executivos; introduzir um limite para que apenas os partidos com pelo menos 5%
dos votos obter assentos no legislativo [o que deixaria o Brasil com apenas
sete ou oito partidos políticos] e acabar com as coligações proporcionais [a
regra segundo a qual os políticos podem ser eleitos no excesso votos dos outros
em sua coligação, deslocando os candidatos do eleitorado preferiram]. Estas
quatro propostas já geraria um quadro político que é muito mais favorável à
reforma política.
Este é um processo de longo prazo. Não vai ser alcançado no
próximo ano. Você acha que as pessoas vão tomar as ruas novamente na preparação
para a Copa do Mundo e a eleição presidencial?
Naquele momento, as instituições responderam a alguns dos
itens mais candentes da agenda. Congresso votou, o governo reduziu as taxas de
transporte, o presidente propôs uma série de pactos. Grupos visíveis, mas
marginal começou a provocar cenas de violência em algumas partes do Brasil.
Tudo isso fez com que o movimento original a recuar, até porque as pessoas que
saíram às ruas em junho não queria ser associado com atos de violência e
insubordinação civil. Mas este ano as pessoas ou próximo vai continuar, na
internet, quando casting votos, durante as campanhas políticas, para expressar
esse sentimento de querer mais. Eu compartilhá-lo. A rua brasileira está nos
ensinando uma lição: o sonho não acabou. Começamos a falar novamente de ideais
utópicos, estabelecer metas que pode parecer impossível, mas que, se alcançado,
vai melhorar a vida nas cidades brasileiras e no campo.
Entrevista traduzida pelo Google Tradutor.
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