sábado, 28 de dezembro de 2013

AS CAPAS DESTA HISTÓRIA

O livro As Capas desta História reúne mais de 300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos no exílio entre 1964, ano do golpe, e 1979, quando foi aprovada a Lei da Anistia. A obra traz ainda capas de jornais considerados precursores das publicações dos anos de chumbo. São imagens de publicações que rodaram no exílio, em países como Chile, México, Suécia, Itália, França, Portugal e Argélia.
Na seção dos clandestinos estão publicações das principais tendências da esquerda que atuaram durante a ditadura militar, como a Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella, que editou 'O Guerrilheiro', e a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), de Carlos Lamarca, que produzia o 'Palmares'.
Aparecem nesta parte jornais dos PCs (PCB e PCdoB), de organizações trotskistas e de grupos ligados à Igreja Católica. O bloco dos alternativos traz desde capas de jornais do movimento operário, estudantil ('O Movimento'), da imprensa satírica ('O Pasquim', 'Pif-Paf'), experimentos literários, além de publicações ligadas à causa ambiental, gay e negra.
Já a parte dos precursores reúne experiências, como o 'Correio Braziliense', que era editado em Londres, uma vez que a corte portuguesa proibia a produção no Brasil. Além de outras publicações, como o 'Jornal Subiroff'.
O projeto idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog, intitulado Resistir é Preciso, que tem o objetivo de manter viva na memória do povo brasileiro a luta da imprensa durante a ditadura militar, época em que muitos profissionais do meio foram perseguidos e mortos.
É um trabalho realizado por Vladimir Saccheta (pesquisa), José Luiz Del Roio (Contexto), Carlos Azevedo (Consultor) e José Maurício de Oliveira (editor de texto) e compreende o período entre o início do golpe militar (1964) e a época da aprovação da Lei da Anistia (1979).
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