O livro As Capas desta História reúne mais de
300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos no exílio entre
1964, ano do golpe, e 1979, quando foi aprovada a Lei da Anistia. A obra traz
ainda capas de jornais considerados precursores das publicações dos anos de
chumbo. São imagens de publicações que rodaram no exílio, em países como Chile,
México, Suécia, Itália, França, Portugal e Argélia.
Na seção dos clandestinos estão publicações das principais
tendências da esquerda que atuaram durante a ditadura militar, como a Ação
Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella, que editou 'O Guerrilheiro',
e a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), de Carlos Lamarca,
que produzia o 'Palmares'.
Aparecem nesta parte jornais dos PCs (PCB e PCdoB), de
organizações trotskistas e de grupos ligados à Igreja Católica. O bloco dos
alternativos traz desde capas de jornais do movimento operário, estudantil ('O
Movimento'), da imprensa satírica ('O Pasquim', 'Pif-Paf'), experimentos
literários, além de publicações ligadas à causa ambiental, gay e negra.
Já a parte dos precursores reúne experiências, como o
'Correio Braziliense', que era editado em Londres, uma vez que a corte
portuguesa proibia a produção no Brasil. Além de outras publicações, como o
'Jornal Subiroff'.
O projeto idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog,
intitulado Resistir é Preciso, que tem o objetivo de manter viva na memória do
povo brasileiro a luta da imprensa durante a ditadura militar, época em que
muitos profissionais do meio foram perseguidos e mortos.
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