segunda-feira, 24 de março de 2014

O MUNDO DÁ VOLTAS

Se a paixão tem memória como diz o título de uma canção interpretada por Alcione, o mesmo não se aplica a política petista e peemedebista. Dono de uma verborragia de causar inveja  incautos, o ex-tudo Ciro Gomes foi convidado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o ‘Irrevogável’  – ele mesmo, o mandante do dossiê dos ‘aloprados’ em 2006 – para coordenar a campanha à reeleição da presidente Dilma no nordeste.
Talvez alguém defenda a indicação do ex-ministro como boa opção, com justificativa rala que a política é dinâmica, que Ciro não faz política olhando pelo retrovisor. O PT padece de amnésia aguda, está acometido desde 2002. A carreira política de Ciro Gomes e sua família foi construída no fisiologismo rasteiro. Quem é poder, pode contar com apoio irrestrito dos Ferreira Gomes.
Quando o PT não estava no poder, veja o que dizia Ciro Gomes: “Os políticos do PT são uns mijões nas calças, uns frouxos”. Fez as pazes com PT, foi nomeado no governo Lula, ministro da Integração Nacional e por lá ficou sem fazer nada por muito tempo.
“Porque a Suíça não tem presidente da República. (...) É só um aviso aí para esses petistas furibundos. Tem que fazer perguntas com pouco mais de cuidado pra largar de ser burro”.  O arauto do conhecimento estava errado, a Suíça tem presidente.
Esse convite caiu como uma luva para o ex-deputado, põe fim no ostracismo político que viveu nos últimos quatro anos, difícil vai ser segurar a língua de trapo que tem, nem Dilma escapou. Há poucos meses, numa emissora de rádio cearense, Ciro disse: “Dilma é arrogante e inexperiente. Ela está pilotando uma aliança assentada na “putaria”, na roubalheira e no clientelismo”.
Ciro também tem centrado fogo no PMDB, que tem como vice-presidente da República, Michel Temer, que deve continuar como vice de Dilma na aliança para reeleição presidencial, a qual tem o ex-tudo Ciro Gomes como coordenador de campanha no nordeste.  
Em 2001, ele disse: “Não quero o apoio do PMDB, que é dominado por um grupo de reconhecidos corruptos”. Em 2010, após ser escanteado pelo PSB, Ciro usou artilharia pesada contra o PMDB, classificou a sigla como “ajuntamento de assaltantes”. Ciro ainda não disse se aceita o convite.
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