sábado, 10 de maio de 2014

PODE CUSTAR CARO

A entrevista que o pastor/deputado Marco Feliciano (PSC-SP) concedeu à revista Playboy, em abril deste ano, pode lhe custar caro. A Convenção Fraternal Interestadual das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo Ministério do Belém (Confradesp), entidade da qual Feliciano é associado, abriu um processo em seu Conselho de Ética para apurar alguns questionamentos sobre a entrevista do deputado à publicação especializada em fotos de mulheres nuas.
“Esse tipo de literatura não é o tipo que recomendamos para os nossos fiéis. Eu acho estranho que um pastor aparecesse numa revista dessa", diz o pastor Lélis Washington Marinhos, membro da mesa diretora da Confradesp. Marinhos diz que o que será questionado não é o conteúdo da entrevista, mas sim a participação de Feliciano em uma publicação de apelo sexual.
Durante o processo, Feliciano, que é presidente da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, sediada em Orlândia, no interior de São Paulo, pode ser convidado para prestar esclarecimentos e, no fim da investigação, pode receber uma advertência, uma suspensão, ou ainda perder o título de pastor. “O Conselho de Ética irá examinar se (a entrevista de Feliciano) faltou com alguma coisa que é contra os nossos princípios. Se algo for encontrado, o conselho pode tomar uma decisão que teoricamente pode chegar ao extremo”, explica Marinhos.
Na polêmica entrevista publicada no mês passado, Feliciano contou suas experiências com drogas na juventude e opinou sobre preferências sexuais. "Conheci a cocaína nos bailinhos, no fim dos 12 anos”, disse, ao afirmar que já experimentou drogas. "Só a cocaína. Eu tentei a maconha, mas engasguei, nunca conse­gui fumar nem cigarro. Não conseguia tragar. Com a cocaína era fácil”, disse.
O pastor, que ano passado travou uma guerra com movimentos pró-direitos homossexuais ao comandar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, admitiu que seja possível ter prazer com sexo anal. "Com certeza, tem homens que têm tara por ânus, sim", disse, mas negou que já tenha experimentado. "E espero nunca fazer, porque pa­rece que quem faz não volta mais”.
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