domingo, 1 de junho de 2014

O QUE A HISTÓRIA RESERVA AO BRASIL ?

Por Caio Rocha, professor de História, via Facebook
O Brasil da segunda década do século XXI testemunha uma severa crise de confiança popular na representatividade do corpo político nacional. As agremiações partidárias ainda não foram capazes de converterem as insatisfações que ecoam nas ruas em reformas estruturais profundas do Estado, visando não apenas otimizar o desenvolvimento das forças produtivas, mas sobretudo prover a sociedade de eficientes serviços públicos.
A redefinição de suas competências obrigatoriamente perpassa por uma mudança na cultura política, tendo em vista que se constatou uma elevação das condições materiais de parcelas consideráveis da sociedade nos últimos 12 anos e isto contribuiu para o "despertar" do ser político individual que durante séculos adormecia no brasileiro.
A sociedade não suporta mais pagar tanto imposto para que este sirva a enriquecer quem se serve do poder. A democratização tecnológica e o fenômeno das redes sociais como o facebook amplificaram as problemáticas da realidade.
O inconformismo está na diferença entre o que o governo arrecada em âmbito tributário e o que oferece em benefícios. Aos poucos, as pessoas vão deixando de lado seu indiferentismo político e passam a se verem como protagonistas de um processo de transformação em andamento.
Pela primeira vez na história, os gestores públicos estão sendo demandados com firmeza e estes, como era de se supor, relutam em abandonarem as velhas práticas habituais, na convicção plena de que brasileiro tem memória curta. Se permanecerem inertes à opinião das ruas, a tendência será a de um caos institucional com consequências imprevisíveis, mas certamente catastróficas.
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