quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

NA CONTRAMÃO DA PASTA

Nomeado ministro de Ciência e Tecnologia do segundo mandato do governo Dilma Rousseff, o comunista Aldo Rebelo propôs, em 1994, um projeto de lei que proíbe a adoção de qualquer inovação tecnológica nos órgãos públicos municipais, estaduais e federais.
À época, o então deputado federal sugeriu ao Congresso Nacional a aprovação de um dispositivo que impedisse “a adoção, por qualquer órgão público da administração direta e indireta, nos níveis municipal, estadual e federal, de qualquer inovação tecnológica que seja poupadora de mão-de-obra, sem prévia comprovação (…) de que os benefícios sociais auferidos com a implantação suplantem o custo social do desemprego gerado”.
O tema consumiu tempo e recursos da Câmara por 11 anos e 1 mês, quando recebeu parecer contrário do relator da Comissão de Ciência e Tecnologia, o deputado Ariosto Holanda, do PSB – hoje ele figura no PROS, outra legenda lembrada pela presidente na reforma ministerial.
O voto final destacou que a abolição de sistemas de informatização no funcionalismo público aumentaria a burocracia, prejudicando logicamente o bem-estar que Rebelo pretendia oferecer. Por fim, o documento acabou rejeitado por ter envelhecido e perdido “a sua razão de ser”.
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