A Procuradoria Regional Eleitoral no Tocantins (PRE-TO)
pediu nesta sexta-feira, 9, a cassação do governador Marcelo Miranda (PMDB), em
ação de investigação judicial que tem como base a apreensão de aeronave com R$
504 mil, em Piracanjuba (GO), durante a campanha eleitoral. O dinheiro havia
sido sacado da conta de Lucas Marinho Araújo, da qual mais de R$ 1 milhão foram
transferidos para outras contas no Tocantins.
Durante a apreensão, além de Araújo, foram presos Roberto
Carlos Barbosa, Marco Antonio Jaime Roriz e Douglas Marcelo Schimidt.
A PRE-TO considerou que existem fortes indícios de que o
dinheiro seria usado na campanha eleitoral do PMDB, na forma de Caixa 2, a
começar pelo fato de mais de R$ 1,5 milhão terem sido emprestados por uma
factory de Brasília, sem nenhuma garantia. Além disso, a caminhonete que
transportou os quatro até o aeroporto estava à disposição da campanha do PMDB.
É citado também na ação o fato de a conta de Schimidt, em
hotel de Goiânia, ter sido paga pelo irmão de Miranda, José Edmar Brito Miranda
Júnior, um dia antes da apreensão da aeronave.
A PRE-TO também propôs ação de investigação judicial
eleitoral, pedindo a inelegibilidade do ex-governador Sandoval Cardoso (SD). No
caso de Cardoso, a ação aponta “abuso de poder político e econômico durante o
período eleitoral de 2014 utilizando-se do Programa Pró-Município”. O programa
tinha como objetivo a recuperação da malha asfáltica urbana de todos os
municípios do Estado.
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