Eu sou como o Pequeno Príncipe, que nunca desistia de uma
pergunta. E eu não desisto de uma ideia quando os fatos evidenciam que tenho razão.
Reportagem do Estadão conta a história da família da
neuropsicóloga Cristine Franco Alves, moradora da rua Fidalga, na Vila
Madalena. Depois de 70 anos no local, os Alves estão deixando seu imóvel,
expulsos pela irresponsabilidade do prefeito Fernando Haddad, do PT, que
decidiu transformar o bairro num laboratório da sua inexperiência
administrativa, ciceroneado por seus esquerdistas que pensam que a academia é
botequim e que o botequim é a academia. A casa fica perto da rua Aspicuelta, no
miolo da bagunça.
O patrimônio das pessoas está virando pó, mato, pedra. Está
sendo cheirado, fumado, inalado. O preço dos imóveis despenca. Um leitor pede
que não dê o nome por razões óbvias. Ele tinha praticamente fechado a venda de
um apartamento de alto padrão. O e-mail que recebeu da imobiliária deveria
servir de lápide para o velório político de Haddad. O comprador — um executivo,
mulher e filha que se mudaram recentemente para São Paulo — não desistiu apenas
do seu apartamento. Não quer é saber da Vila Madalena.
Os comerciantes reclamam por razões óbvias. Vendem menos,
não mais. Se a Vila continuar nessa toada, a decadência é inexorável. A questão
é, antes de mais nada, econômica.
Brinquei ontem na rádio Jovem Pan que aquele velho
maconheiro, meio comunista, da Vila — o estereótipo do barrigudo progressista,
quase careca, de rabinho de cavalo — está desolado. Era gostoso brincar de
petismo, revolução de costumes e outras imprecisões teóricas quando isso
parecia, assim, uma coisa de minorias supostamente inteligentes. Aí chegou
Haddad, o administrador que eles imaginavam que realizaria suas utopias.
O resultado é este: onde quer que prospere o seu modelo de
cidade, o que se tem é desordem, decadência e desolação.
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