Mandava a prudência que o PT aguardasse mais algum tempo
para sair ou não em defesa de João Vaccari, seu tesoureiro, acusado por três
delatores da Operação Lava-Jato de ter recebido dinheiro desviado de negócios
da Petrobras para encher as burras do Caixa 2 do partido.
Imaginava-se que o PT tivesse aprendido com o episódio do
mensalão – o pagamento de propinas a deputados federais para que votassem na
Câmara de acordo com o governo.
O PT precipitou-se e saiu em defesa de Delúbio Soares,
tesoureiro na época. Depois foi obrigado a afastá-lo do cargo. Delúbio acabou
condenado pela Justiça.
Lula mandou às favas a prudência. E como quem não aprendeu
nada, elogiou Vaccari e aconselhou aos militantes do PT: “Na dúvida, fiquem com
o companheiro”.
Como se não bastasse, convocou os militantes a saírem às
ruas em defesa do tesoureiro.
Se por Vaccari o PT deve ocupar as ruas como quer Lula, se
por acaso Lula acabar atingido pela roubalheira da Petrobras, o que o partido
deve fazer?
Pegar em armas? Imolar-se dentro de uma jaula? Oferecer a
cabeça para ser decapitado?
Pobre do político que se torna previsível. Nada é mais
vulnerável do que ele. Fica fácil derrotá-lo.
Lula tornou-se previsível. Parece ter esgotado seu estoque
de velhos truques e de tiradas antes espertas. Envelheceu. Como o partido que
agora celebra seus 35 anos de fundação.
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