Meus Amigos, Minhas Amigas, a democracia representativa, foi
a forma que encontraram para evitar, o que já era difícil na época, a interação
entre o Governo e o Povo.
Estes representantes escolhidos pela população, passariam a
intermediar os problemas coletivos, e após debates e decisões, encaminhá-los e
defendê-los, como legítimos detentores deste papel, pela outorga popular.
Pelo que temos visto, ressalvadas algumas exceções, os
nossos representantes, infelizmente, se comportam de forma desrespeitosa aos
nossos interesses e necessidades, traem os nossos posicionamentos políticos e
partidário, sentem-se fortalecidos com os nossos votos e passam a ser meros
mercadores dos seus interesses pessoais, trocando a nossa confiança e
esperança, por favorecimentos escusos e inconfessáveis, do poder executivo, que
por sua vez, a maioria dos seus detentores, governam de forma completamente
divorciada dos interesses coletivos, mas sustentados, até mesmo para as
práticas imorais, corruptas e dissimuladas, por quem deveria está defendendo e
lutando pelos interesses do País e sua gente.
Cansados de tamanho desrespeito, hipocrisia, desmandos,
enriquecimento ilícito, que subtraem os serviços públicos que tanto dificultam
as nossas vidas, nos resta aguardar a tão falada reforma política, e que nela
não falte o Voto distrital, que os coloca mais perto de nós e consequentemente,
mais fácil de fazermos as nossas escolhas e de acompanhamos as suas ações; a
proibição do financiamento privado de campanhas, que tem fabricado tantos
operadores de lavagem de dinheiro, em detrimento de pessoas que poderiam nos
representar com mais respeito, lealdade e generosidade, que não conseguem
mandatos, pela terrível desigualdade nas disputas; planejamento, projeto e
comportamento no exercício do mandato, anexado ao registro da candidatura, para
que qualquer desvio deste compromisso, possa a justiça eleitoral interromper
imediatamente o mandato.
O que mais é necessário para comprovar a falta de idoneidade
moral e ética de tantos que continuam a nos governar?
Se este tem sido o caminho, que cada vez mais tem sido
adotado por tantos, quem cuidará da gente?
Estamos assim destinados, todos, cada um a seu tempo, a
sermos órfãos oficiais?
Que Deus nos dê coragem e tolerância, sabedoria e
persistência, para fazermos por via democrática, a inflexão que se faz tão
necessária e urgente. Um abraço, Joaquim Cunha.
Joaquim Cunha, ex-prefeito de Gavião (BA) – Foi Presidente
da Associação de Prefeitos da Região nordeste e Vice-Presidente da União dos
Municípios da Bahia (UPB).
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