O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do governo
federal esgotou seus recursos para 2015, de 2,5 bilhões de reais, e novas
edições do programa este ano e em 2016 dependem de disponibilidade de verba do
Orçamento da União, numa consequência do forte ajuste fiscal para organizar as
contas públicas.
"Não havendo mais recursos seria inútil a
reabertura", disse o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, a
jornalistas nesta segunda-feira (4) ao ser questionado sobre a continuidade do
Fies. “Estamos esperando a definição do Orçamento para ver como fica o segundo
semestre”, afirmou.
O ministro disse que o Fies será realizado em 2016, mas sem
indicar valores para o programa, afirmando que o montante dos recursos será
definido posteriormente.
Destinado a custear a graduação na educação superior de
estudantes matriculados em instituições não gratuitas, a 1ª edição do Fies/2015
totalizou 252.442 novos financiamentos em instituições privadas, somando 2,5
bilhões de reais. "Com esses dados, nós esgotamos os recursos", disse
Janine Ribeiro.
Em edição similar realizada no ano passado, os recursos
foram de aproximadamente 4,8 bilhões de reais. O encolhimento do Fies ocorreu
após o governo federal restringir gastos de programas públicos, incluindo
projetos educacionais, uma bandeira da campanha eleitoral da presidente Dilma
Rousseff em 2014.
Os cursos mais procurados na atual edição foram engenharia,
direito, enfermagem, administração, psicologia, fisioterapia arquitetura e
urbanismo. O prazo para novos contratos, que estava aberto desde fevereiro, foi
encerrado em 30 de abril.
Polêmica
Janine Ribeiro foi intensamente questionado por repórteres
sobre a decisão da Justiça Federal do Mato Grosso do Sul, que na semana passada
determinou a reabertura da 1a edição do Fies/2015.
A decisão foi baseada na análise de que devido a erros
ocorridos durante o tempo em que o Fies esteve aberto seria necessário tempo
adicional para a inscrição de novos contratos.
Sobre essa questão, o ministro disse que o Ministério da
Educação irá recorrer imediatamente assim que a pasta for notificada
oficialmente.
O ministro repetiu que não há recursos e que a reabertura do
prazo exigiria o aporte de verbas que não estão disponíveis.
Da Reuters via site da Band
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