O governador Luiz Fernando Pezão defendeu, nesta
segunda-feira (24), a ação da Polícia Militar que ocorreu no fim de semana em
uma apreensão de menores que seguiam para a orla da Zona Sul do Rio de ônibus.
Os jovens, de acordo com matéria do Extra, foram levados para um Centro de
Assistência Social porque teriam sido mapeados e apontados como suspeitos de
praticar arrastões, mesmo sem flagrante. A Defensoria Pública criticou a ação e
disse que vai pedir o fim do recolhimento de jovens em coletivos.
Pezão afirmou que o trabalho da Polícia já é feito desta
maneira desde o ano passado e que os jovens são observados desde o embarque.
"Não achei (que passou do limite). Repercussão sempre dá, quando não age e
quando age. Quantos arrastões nós tivemos praticados por alguns desses menores?
Não estou falando que são todos que estavam ali, mas tem muitos deles que são
mapeados. Se tiver algum excesso, vai ser coibido", garantiu.
Coordenadora de Defesa dos Direitos Humanos da Criança e do
Adolescente da Defensoria Pública, Eufrasia Souza, diz que vai pedir abertura
de inquérito para investigar a ação. Segundo ela, os jovens podem ter sido
submetidos a privação da liberdade sem flagrante - o que feriria o Estatuto da
Criança e do Adolescente.
Um dos menores ouvidos pela coordenadora relatou abusos.
"Ele contou que o ônibus foi parado, todos os adolescentes tiveram que
descer, ficaram deitados no chão. Ele tinha o dinheiro para voltar para casa,
ficou sem entender nada", conta Eufrasia, que irá se encontrar às 15h desta
segunda com o secretário municipal de Desenvolvimento Social e vice-prefeito,
Adilson Pires.
Do G1, Rio de Janeiro
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