O Senado teve ontem um dia histórico, a prisão de um senador
em exercício após a redemocratização. Parafraseando o ex-presidente Lula: “Nunca antes na história
deste país”. A prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) deixou senadores
apreensivos.
Alguns senadores jamais imaginariam que isso acontecesse com
Delcídio, tido como boa praça, parlamentar líder do governo Dilma, sempre
disposto a dizer o que se gosta de ouvir. Já outros senadores, colocaram a
barba de molho, e temem serem os próximos alvos da Operação Lava-Jato.
Na sessão que o PT, PMDB e outros partidos que dão
sustentação ao governo, duelaram com a partidos da oposição, com a ala limpa do
PMDB e com petistas que deram às costas para o
companheiro, votaram pela continuidade da prisão de Delcídio.
O placar foi de 52 a favor de que o senador petista continue
preso, contra 13 votos que queriam ver solto o companheiro. Uma abstenção, do
senador Edson Lobão (PMDB-MA). O presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), ficou furioso com o resultado contra o colega.
Dos 13 senadores que votaram pela revogação do STF, nove eram do PT. O PMDB, maior aliado do
governo, votou em peso pela manutenção da prisão do colega Delcídio.
Em nota, o PT demonstra que abandonou o companheiro
Delcídio, lavando as mãos com o líder do governo da presidente Dilma. Assinada pelo
presidente do partido, Rui Falcão, diz a nota do PT: “Por isso mesmo, o PT não
se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade”.
A nota do PT divulgada na tarde de ontem, trata Delcídio
Amaral como ‘simples filiado’. “Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador
tem qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou
como simples filiado”. Delcídio foi jogado às feras.
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