O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso por decisão do
Supremo Tribunal Federal por suspeita de tentar prejudicar o andamento da
Operação Lava Jato, foi suspenso do partido por 60 dias, segundo o presidente
nacional da sigla, Rui Falcão.
Em entrevista nesta sexta-feira, 4, o dirigente afirmou que
as atitudes do parlamentar "são passíveis de expulsão", mas que essa
medida só pode ser tomada pelo diretório nacional do PT.
Os integrantes da Executiva Nacional do PT se reuniram na
tarde de hoje para discutir a situação de Delcídio e o recém-aceito pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff. A bancada do partido no Senado
defendeu a suspensão cautelar do ex-líder do governo.
Em nota, os senadores pedem que a Executiva represente, na
Comissão de Ética do partido, pela abertura de processo disciplinar contra
Delcídio, "com vista a que sejam apuradas as acusações que lhe são
imputadas".
No mesmo texto, a bancada lembra ter se posicionado, na
votação do Senado realizada na quarta-feira, 25, contra a prisão de Delcídio ao
questionar os princípios da constitucionalidade e da separação e independência
de Poderes. Mas destaca que a tese foi vencida em votação pela maioria da Casa.
Do Estadão
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