A taxa de desemprego no Brasil registrou, no trimestre
encerrado em novembro do ano passado, o maior número de desempregados da série
histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Pnad,
iniciada no primeiro trimestre de 2012 pelo IBGE. A pesquisa aponta que, em
novembro, mais de nove milhões de pessoas estavam sem emprego no país.
Os números representam um crescimento na taxa de desocupação
de mais de 3,5% em relação ao mês de agosto de 2015 e de mais de 41% em relação
a novembro de 2014. Para Fernando de Aquino Fonseca Neto, conselheiro do
Conselho Federal de Economia, Cofecon, o aumento nos índices de desemprego
podem ser explicados pela atual crise na economia.
De acordo com o especialista, a economia não está crescendo
e, portanto, não consegue criar empregos para absorver a entrada de novos
profissionais no mercado de trabalho. “Ultimamente, não tem gerado empregos
necessários para absorver as pessoas que vão entrando no mercado de trabalho.
Então, a gente acumulou um crescente número de pessoas que têm procurado
emprego e não tem conseguido se empregar. Então, isso aumenta o número de desempregados,
que são os que estão procurando emprego e aumenta a taxa de desemprego”, diz
Fonseca Neto.
Os dados divulgados pela pesquisa indicam uma queda no total
de pessoas empregadas de 0,6% no trimestre até novembro de 2015,em relação à
quantidade registrada no mesmo período de 2014. No total, 533 mil postos de
trabalhos foram extintos. Os dados da Pnad também apontam estabilidade na renda
média do trabalhador. O ponto positivo foi à queda de inatividade. Ao todo,
durante o período, mais de 200 mil pessoas que estavam fora da força de
trabalho voltaram a pressionar o mercado.
Com informações do RondoniAgora
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