No meio do caos político, em plena votação do processo de
abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o suplente de deputado
Fabrício Oliveira (PSB-SC), 40 anos, pré-candidato a prefeito de Balneário
Camboriú, teve muito mais que 15 minutos de fama. Próximo ao microfone e focado
pelas câmeras em grande parte da sessão que parou o país semana passada, ele
virou um fenômeno na internet. "Meu número de seguidores no Instagram
bombou: pulou de 5 mil, para mais de 35 mil em poucos dias", afirma ele,
descrito em memes na internet como “deputado boy magia”, “muso do impeachment”
e vários outros apelidos em alusão à sua beleza.
O que achou das brincadeiras com seu nome?
Levei na boa. Em um primeiro momento, foi mais a coisa da
brincadeira pejorativa, mas isso se transformou em carinho. Me tornei mais
conhecido, sem dúvida. Agora sou parado na rua a todo instante, com pedidos de
selfies e vídeos. Casais, famílias e meninas, principalmente, estão me
procurando, mandando muitas mensagens.
Por que ficou em frente ao microfone o tempo todo?
Não fui só eu, outros também ficaram. Não foi intencional,
nem sabia qual câmera estava transmitindo. Estava acompanhando de perto porque
era um momento importante para o país. Meu celular estava sem bateria, não vi o
que estava acontecendo e não tive noção da repercussão. Só quando conseguir dar
uma carga, ligar o aparelho e ver que tinha quase 200 mensagens no WhatsApp da
família e amigos, é que me dei conta. Aí fui para outro canto, longe das
câmeras.
Você se acha bonito?
Me olho no espelho e me gosto. Vou à academia, tenho um
personal trainer e procuro me alimentar bem. Não sou tão vaidoso, me cuido para
me sentir bem. Não bebo nada, não fumo, já joguei tênis e surfei por muito
tempo. Me cuido para ter qualidade de vida, saúde e não só pelo fim estético.
Como ingressou na política?
Vendia sorvete dentro de uma casa noturna em Camboriú, a
Baturité. Depois me tornei bilheteiro, promoter, um dos gerentes, até que virei
sócio da boate. Por trabalhar com jovens, fui convidado a me candidatar a
vereador em 1999. Perdi a eleição, mas decidi continuar na política. Me
candidatei a deputado federal por duas vezes, até conseguir me eleger.
Bruno Astuto, Época
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