Celebrando a diversidade, a Parada do Orgulho LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo chega a sua 20ª
edição. A Parada será neste domingo (29), a partir do meio-dia na Avenida
Paulista, com o tema "Lei de identidade de gênero, já! - Todas as pessoas
juntas contra a Transfobia!”. Com 17 trios
elétricos, 30 DJs, os organizadores do evento pretendem levar mais de 3 milhões de
participantes.
Neste ano tem eleições, não será difícil encontrar políticos
em cima de um trio elétrico. Em ano eleitoral, os trios elétricos viram
palanques para políticos oportunistas. Em busca de aparecer na mídia arco-íris,
eles disputam cada metro quadrado nos trios que até parece camarote de
cervejaria na Marquês de Sapucaí.
Porém, haverá políticos no evento que estão engajados com a
causa LGBT há muitos anos, por exemplo, a ex-ministra da Cultura, senadora, Marta Suplicy (PMDB-SP),
que participou de todas edições da
Parada do Orgulho Gay de São Paulo.
Marta é autora do projeto de lei de união civil entre
pessoas do mesmo sexo que estava engavetado na Câmara há mais de 19 anos. Em maio
de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união homoafetiva.
Junto o com o Salão do Automóvel e a Fórmula 1, a Parada do
Orgulho Gay de São Paulo já faz parte oficialmente do calendário de eventos de São Paulo.
Segundo o Guinness Book – o livro dos recordes – é a maior manifestação
mundial do gênero. Em São Paulo, segundo informações, o evento só perde para a
Fórmula 1 em faturamento.
Segundo pesquisa realizada nesta semana na capital paulista,
cada frequentador da Parada gasta por dia cerca de R$ 1.850 com hospedagem,
alimentação e preparativos para o dia da Parada. O clima de festa arco-íris
começa uma semana antes do dia do evento.
A Parada tem se tornado uma espécie de carnaval, mas sem
perder o foco principal; a luta da comunidade LGBT e a cada ano o viés político
tem se fortalecido no evento, onde os defensores do movimento gay colocam em discussões
as políticas públicas da causa LGBT.
Entre as lutas da comunidade gay, está a aprovação do
Projeto de Lei Complementar 122 /06 que pune a homofobia no Brasil. O PLC122/06 está abafada no Senado, sem previsão de ser colocado em pauta.
Neste ano, a 20ª Parada vai fazer uma grande mobilização com
o objetivo para que a “Lei de Identidade de Gênero”, seja aprovada. Os 17 trios
elétricos trarão a bandeira T, em referência às mulheres transexuais, homens
trans e travestis.
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