O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso
de Mello, determinou o envio de um pedido de investigação contra o ex-ministro
da Casa Civil Jaques Wagner (PT) para a 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada
pelo juiz Sergio Moro.
A decisão ocorre porque Wagner perdeu o foro privilegiado ao
ser exonerado com o afastamento da presidente Dilma Rousseff no processo de
impeachment. Caberá a Moro verificar se as suspeitas contra Wagner têm conexão
com o escândalo revelado pela Operação Lava Jato.
Em acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras
Nestor Cerveró disse que o ex-ministro teve "participação decisiva"
na indicação de José Sergio Gabrielli para a presidência da petroleira.
Mensagens aprendidas no telefone celular do empreiteiro Leo
Pinheiro, da OAS, mostram Jaques Wagner, na época governador da Bahia, negociando
doações de campanha para as eleições de 2012. Também há conversas em que Wagner
pede para a OAS liberar recursos para o governo federal.
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