Com redes sociais fervilhando nos dias atuais, fazer campanha eleitoral é fácil. Quando não existiam esses meios, a solução para
tornar um candidato conhecido, no ditado popular 'cair na boca do povo', era o
jingle eleitoral. Esse recurso tão importante, tem sobrevivido e se fortalecido
na era tecnológica.
Quando o jingle é bem feito e cai no gosto popular,
sobrevive décadas. Para quem tem mais de 40 anos, com certeza vai lembrar de
Varre,Varre, Varre, Varre Vassourinha da célebre campanha para presidente de Jânio Quadros.
Nos anos 80, outro jingle presidencial entrou nos ouvidos
dos brasileiros, o Ey, Ey, Eymael fez do desconhecido José Maria Eymael se
tornar famoso no país inteiro. Em 2010, ele disputou sua terceira campanha
para presidente e o Ey, Ey, Eymael, com nova roupagem, continua sendo sua marca
registrada.
Em 1994, o candidato a presidente da República, Fernando
Henrique Cardoso viu o seu Levanta a mão! Cair na simpatia do povo brasileiro,
embalado na voz do compositor e cantor Dominguinhos.
Para a primeira campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da
Silva, um trio de artistas formado por Gilberto Gil, Djavan e Chico Buarque
gravou o Lula Lá, o jingle se tornou um símbolo do petista. Em 2006, para a
reeleição à Presidência da República, os marqueteiros do presidente Lula
surpreenderam a todos com o Deixa o homem trabalhar, que virou sucesso
nacional.
História das campanhas eleitorais de 1930 até a de Dilma
Rousseff, como nasce um jingle eleitoral e quem são seus compositores está nas
247 páginas do livro Jingles eleitorais e marketing político – uma dupla do
barulho, do mestre em Comunicação, Carlos Manhanelli. Ele coleciona há mais de
37 anos essas pérolas da política e do marketing eleitoral brasileiro.
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