Em sua caçada montante, a Operação Lava-Jato nunca esteve tão perto
de capturar o terceiro homem na linha de sucessão da República: o
senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, que preside o Senado
Federal. VEJA teve acesso a um despacho sigiloso do ministro Teori
Zavascki, cuja leitura traz quatro revelações:
• O homem da mala do PMDB, o empresário e advogado Felipe Rocha
Parente, fez um acordo de delação premiada e apresentou cinco anexos,
como são chamados os itens que compõem a lista do que o delator pretende
detalhar.
• Em um dos cinco anexos, Parente conta que entregava
propinas para a cúpula do PMDB. Eram fruto de dinheiro desviado da
Transpetro, subsidiária da Petrobras.
• Entre os beneficiários das propinas saídas da
Transpetro, estão Renan Calheiros e seu colega de Senado Jader Barbalho,
do PMDB do Pará.
• O anexo de Parente ainda precisa ser comprovado no curso da delação, mas já foi confirmado por pelo menos três delatores.
As revelações do despacho de Teori jogam luz sobre um dos momentos
mais barulhentos da Lava-Jato, ocorrido entre maio e junho passado.
sábado, 1 de outubro de 2016
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