No último debate do primeiro turno, na Globo, um agressivo
Marcelo Crivella partiu para cima de Pedro Paulo: "Vocês (o PMDB) estão
envolvidos na Lava-Jato, no petrolão, em todos os escândalos que humilharam a
cidade".
Pois é justamente a Lava-Jato que poderá cair como uma bomba
no colo de Crivella, quando forem tornados públicos alguns trechos da delação
premiada que Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, negocia com o
Ministério Público Federal.
Em sua campanha ao Senado em 2010, de acordo com o que
chegou ao conhecimento do MPF, Crivella procurou Graça Foster, então diretora
de Óleo e Gás da Petrobras, e pediu ajuda financeira.
Graça o encaminhou a Duque, não sem antes ligar para o
colega de diretoria e pedir que ele resolvesse o problema — o que acabou
acontecendo.
Neste momento, entrou em campo João Vaccari, então
tesoureiro do PT. Segundo Duque, Vaccari tratou de acionar Carlos Cortegoso, o
Carlão, dono das gráficas Focal e CRLS, as mesmas que são investigadas na ação
do TSE que pode cassar a chapa de Dilma e Temer.
Foram impressas 100 mil placas para a campanha de Crivella.
Considerando o preço médio na época do tipo de placa mais procurado por
políticos, de 120 por 80 centímetros, o total de 100 mil equivale a cerca de R$
12 milhões.
Segundo as informações com as quais o MPF trabalha, Duque
afirmou que esse serviço, não declarado pela campanha de Crivella, foi
descontado da propina garfada da Petrobras.
Procurada, a campanha de Crivella negou que ele tenha tido
banners pagos pelo petrolão. Disse que Crivella nunca pediu ajuda de campanha a
Duque e tampouco conhece Cortegoso.
Do Blog do Lauro Jardim, O Globo
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