O represamento dos preços da gasolina durante o governo da
presidente Dilma Rousseff saiu caro para as usinas e, agora, poderá ser custoso
também para o governo.
A política de controle da inflação, por meio desse
represamento, gerou perdas de cerca de R$ 40 bilhões para os produtores de
etanol de 2011 a 2014. Muitos, agora, se movimentam para obter um ressarcimento
do governo por essas perdas.
O valor foi apurado e trazido a valores atuais pela
MacroSector Consultores.
A defasagem do preço médio da gasolina foi de 17% na
refinaria nesse período. Isso gerou uma perda, em valores atualizados, de R$
0,20 a R$ 0,30 por litro de etanol no período analisado, segundo a MacroSector.
O represamento foi nos preços da gasolina, mas os valores do
álcool estão basicamente atrelados aos desse combustível.
Quando o preço do etanol supera o percentual de 70% do da
gasolina, o derivado de cana passa a ser menos competitivo do que o do
combustível fóssil.
Essa política de interferência do governo ocorreu logo
depois de muitos projetos, voltados exclusivamente para a produção de etanol,
entrarem em operação.
O descasamento entre remuneração e custos levou muitas
usinas a paralisar as atividades.
Sem geração de caixa, algumas optaram por atrasar pagamentos
de impostos; outras retardaram a renovação das lavouras de cana-de-açúcar,
diminuindo a oferta de cana. Para outras, a saída foi um endividamento, segundo
informações do setor sucroenergético.
Atualmente, pelo menos 80 unidades estão com as atividades
paradas ou em recuperação judicial, enquanto o endividamento do setor é
estimado de R$ 80 bilhões a R$ 90 bilhões.
Esses números se referem ao total das usinas estabelecidas
no Brasil.
Para Fabio Silveira, sócio-diretor da MacroSector, o
controle de preços da gasolina efetuado pela União obrigou os produtores de
etanol a manter o preço de seu produto abaixo do ponto de equilíbrio do
mercado.
"A grave crise no setor não retardará a propositura de ações
exigindo a reparação dos danos causados pela política do governo", diz.
Suínos O setor continua tendo o melhor desempenho neste mês
entre as proteínas. As exportações do mês poderão atingir 64 mil toneladas, 20%
mais do que em outubro. Em relação a novembro do ano passado, a alta é de 16%.
Em queda A exportação de carne bovina registra recuo de 1%
no mês em relação à de outubro. Já o setor de aves manteve a tendência de alta,
com aumento de 9% de um mês para outro.
Pé no freio O mercado interno impede as exportações de
milho. As exportações do mês, até agora, caíram 24% em relação às de outubro.
Tomando como base as vendas externas até agora, o país deverá exportar apenas
900 mil toneladas. No mesmo período do ano passado, foram 4,76 milhões de toneladas.
Ritmo menor As compras externas de adubos se mantêm
aquecidas neste mês, em relação às de outubro. Mas o ritmo deste mês, ante o de
novembro de 2015, registra queda de 16%, segundo a Secex (Secretaria de
Comércio Exterior).
Milho A produtividade melhora em Mato Grosso na safra
2016/17. O Estado deverá obter 92 sacas, em média, por hectare. O volume supera
as 74 sacas da safra anterior, mas é bem inferior às 109 de 2014/15.
Milho 2 A estimativa é do Imea (Instituto Mato-Grossense de
Economia Agropecuária). A produção do cereal deverá atingir 23 milhões de
toneladas no Estado na safra 2016/17.
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