terça-feira, 8 de novembro de 2016

O IMPÉRIO RACHOU

As eleições presidenciais de 8 de novembro nos Estados Unidos serão decididas em um pequeno número de Estados, onde a disputa é particularmente apertada e não existe uma preferência clara por nenhum dos dois partidos. Neste sprint final da campanha, Hillary Clinton e Donald Trump dedicam quase todo seu tempo a esses campos de batalha, praticamente ignorando o resto do país.
Os Estados Unidos possuem um sistema de eleição indireta em que cada Estado tem designado um número de representantes no Colégio Eleitoral (os chamados “votos eleitorais”), que dependem do tamanho de sua população. O candidato presidencial que ganha num Estado leva todos os votos eleitorais, já que não rege um sistema proporcional.
Para chegar à Casa Branca, um candidato precisa de ao menos 270 dos 538 votos eleitorais no dia da eleição. Por isso, o sistema faz com que os candidatos se concentrem nos Estados em que a disputa é mais apertada, em detrimento daqueles nos quais o resultado não deve representar surpresas. Isso explica por que a Califórnia – predominantemente democrata – ou Oklahoma – predominantemente republicano – não recebem tanta atenção por parte dos candidatos.
Nesta eleição em particular, Flórida, Ohio, Georgia, Carolina do Norte, Arizona, Iowa, Nevada, Utah, Maine e Nebraska são considerados os campos de batalha mais importantes, pois as pesquisas ainda não mostram um ganhador aparente. Na Flórida, por exemplo, o New York Times (NYT) aponta que Hillary Clinton apresenta uma chance de 67% de ganhar. A porcentagem pode ser considerada pequena quando comparada a outros Estados, em que a democrata aparece com 99% de chances de ser a mais votada. O Estado sulista garante ao vencedor local 29 votos na contagem final, número considerável.
Em Ohio, o NYT aponta uma vantagem de 54% do republicano Donald Trump, enquanto na Georgia o magnata tem 73% de chances de ser o vencedor. Os dois Estados também são importantes na contagem final, com respectivamente 18 e 16 votos. Carolina do Norte e Arizona aparecem logo atrás, pois proporcionam ao vencedor 15 e 11 votos. Para chegar ao número mágico dos 270 votos, até o pequeno estado de Iowa, que distribui seis votos, pode inclinar a balança.
Os Estados americanos que podem decidir as eleições presidenciais (Saiba quais Estados decidirão as eleições nos EUA)
Da Veja, com AFP
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