O juiz federal Sérgio Moro acolheu mais uma denuncia do
Ministério Público federal (MPF), contra o ex- deputado federal André Vargas,
do Paraná. É a terceira vez que ele se torna réu na operação Lava Jato.
Desta vez o MPF acusa Vargas de lavagem de dinheiro. Ele
teria recebido mais de R$ 2 milhões em propinas desviadas de um contrato da
Caixa Econômica Federal. Além de André Vargas, o irmão dele Leon Vargas, que
possuía empresas com o irmão, o empresário Marcelo Simões, e a ex-contadora de
Alberto Youssef, Meire Poza, também se tornaram réus na mesma ação penal.
A denúncia aceita por Sérgio Moro, acusa André Vargas de, na
condição de deputado federal, atuar para a assinatura de um contrato de R$ 71
milhões entre a Caixa Econômica Federal e a empresa IT7, controlada por Marcelo
Simões. Em contrapartida, o político teria recebido R$ 2,4 milhões em propina,
os repasses foram feitos através de uma empresa de Meire Poza que, na época,
trabalhava com o doleiro Alberto Youssef.
O montante foi sacado por Meire Poza e entregues em dinheiro
vivo ao ex-deputado, seguindo as próprias orientações dele. Leon Vargas, irmão
do ex-parlamentar, teria recebido um milhão e seiscentos mil reais, em espécie,
no apartamento funcional de Vargas, em Brasília. Na época, o político era
vice-presidente da Câmara dos Deputados.
Meire Poza confirmou a existência dessa operação ilegal
feita por Andre Vargas. É primeira vez que a ex-contadora de Youssef se torna
ré na operação, mas ela já prestou vários depoimentos contando como funcionava
a lavagem de dinheiro nas empresas de fachada do doleiro.
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