Morto em julho de 2011, Itamar Franco (1992-1994) ainda está
vivo, pelo menos para a Presidência.
Na galeria oficial de retratos de presidentes desde a
Proclamação da República, na sede administrativa do governo federal, a foto de
Itamar é a única sem registro de morte. Tanto Dilma Rousseff como Michel Temer,
que ocuparam o cargo desde então, compareceram ao velório. Temer divulgou nota
lamentando a morte.
Em outubro, após assumir definitivamente o cargo, o governo
de Temer chegou a fazer mudança na galeria com a inclusão do retrato de Dilma,
mas se esqueceu de acrescentar a morte de Itamar.
Questionada pela Folha sobre a ausência do registro, a
assessoria de imprensa do Planalto informou que está providenciando a alteração
do retrato. No início da tarde, dois funcionários da área administrativa foram
à galeria checar a ausência da data e fizeram registro de imagem da foto de
Itamar.
Além da mudança, o governo federal também pretende incluir
na galeria presidencial o retrato de Pedro Aleixo, vice de Costa e Silva
(1967-1969) que foi impedido por militares de assumir o cargo quando o titular
sofreu um derrame. Um projeto aprovado no Congresso garantiu a Aleixo o título
de presidente.
TEMER
O presidente Michel Temer desistiu de incluir seu retrato na
galeria presidencial. Em outubro, a assessoria de imprensa do Palácio do
Planalto havia informado que ele cogitava pendurá-lo, mas o peemedebista abriu
mão por enquanto.
Ao assumir o comando do Palácio do Planalto, em 2011, um
retrato colorido de Dilma foi colocado na galeria de presidentes, mas ela pediu
na época para retirá-lo.
Temer chegou a fazer um ensaio fotográfico no final do ano
passado com a faixa presidencial, mas ele ainda não decidiu se vai usar as
fotos como retrato oficial.
Em entrevista ao jornal "O Globo", em setembro, o
presidente disse ser contra a presença de sua foto em repartições públicas por
tratar-se de "um culto à personalidade".
Segundo a Folha apurou, contudo, ele foi convencido da
importância simbólica de posar para o retrato, mas ainda defende a ideia de que
ele não seja colocado em prédios públicos.
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