Do UOL
Empossado neste domingo (1º), o prefeito do Rio de Janeiro,
Marcelo Crivella (PRB), disse estudar a criação de uma taxa de "R$ 4 ou R$
5" para turistas que se hospedarem na cidade. A medida seria uma das
estratégias para reverter a queda apontada por ele na arrecadação municipal.
A ideia foi anunciada em entrevista coletiva concedida após
a cerimônia de transmissão de cargo, na qual o ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB)
se despediu do posto que ocupou por oito anos.
A solenidade aconteceu no Palácio da Cidade, em Botafogo,
zona sul do Rio. O secretariado de Crivella também tomou posse neste domingo.
Questionado sobre quais iniciativas pretendia adotar para
enfrentar eventuais dificuldades para fechar as contas, Crivella falou que é
preciso pensar, por exemplo, em instituir uma taxa de turismo para os hóspedes
dos hotéis. "Isso é cobrado no mundo inteiro", disse.
O prefeito lembrou ainda que, neste Réveillon, a ocupação da
rede hoteleira do Rio foi superior a 85%. "Isso é algo que precisamos
celebrar. Eu espero que seja uma notícia que traga para nós dias melhores. O
turismo é a vocação da nossa cidade. As pessoas do Rio de Janeiro são muito
bonitas e a natureza, exuberante."
Crivella afirmou ainda que pretende fazer uma revisão
tributária durante sua gestão. "Não significa aumentar impostos, mas
adequar a contribuição de acordo com a capacidade de cada um dos
contribuintes", declarou.
Ele disse, no entanto, que se for necessário elevar os
valores, isso será feito, mas citou a existência de muitos imóveis que não
pagam o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
"Chegou o momento de nós conversarmos com eles [donos
de imóveis], até porque todos estão cientes da crise que nós enfrentamos. A
cidade do Rio de Janeiro está no contexto de crise federal e estadual, e é
preciso se resguardar", declarou.
Durante a entrevista, Crivella falou ainda que é preciso
rever os subsídios dados pela prefeitura a setores como o de transportes,
citando os ônibus.
Segundo o prefeito, a ordem que ele deu aos secretários para
os primeiros momentos da nova gestão foi "não gastar". "No
primeiro ano de governo temos que atender as carências básicas da população,
por isso vamos priorizar saúde e educação", declarou.
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