PARIS - O ex-ministro da Economia Emmanuel Macron venceu as
eleições presidenciais na França, indicam pesquisas de boca de urna divulgadas
às 20h locais (15h no Brasil), logo após o fechamento das urnas. Segundo a
sondagem, Macron obteria 65,5% dos votos e sua rival, a nacionalista Marine Le
Pen, 34,5%. Pesquisas de boca de urna na França são confiáveis e costumam bater
com a apuração oficial.
Em pronunciamento já como presidente eleito, Macron afirmou
que vai lutar pela unidade da França. "Sei que o país está dividido e que
muitos votaram pelos extremos", destacou. O centrista reforçou que a
França compartilha valores com a Europa e fez menção à luta contra o
terrorismo. Le Pen, a candidata derrotada de extrema direita, reconheceu e
aceitou os números das pesquisas. Em disurso, ela desejou que o novo presidente
tenha "êxito" frente aos "enormes desafios da França".
Em seu discurso da vitória, realizado no palco montado na
esplanada do museu do Louvre, Macron voltou a defender a unidade dos franceses
e afirmou que fará de tudo para que os eleitores de Marine Le Pen não tenham
mais motivos para votar pelos extremos. O político agradeceu pelo resultado e
salientou a necessidade de reconciliação.
Aos simpatizantes da líder da Frente Nacional, o
ex-banqueiro, que chegou à vida política em 2012 pelas mãos do atual
presidente, disse que entendia a mensagem de "cólera" e "desordem"
que seus votos representam. "Eu os respeito, mas farei de tudo, nos
próximos cinco anos, para que não tenham mais razões para votar nos
extremos".
Macron também se dirigiu aos que votaram em sua candidatura
"sem compartilhar" suas ideias e afirmou que sabe que não recebeu um
"cheque em branco". "Eu sei que votaram para defender a
República. Eu os respeitarei e serei fiel a essa promessa: defenderei a
República". Ele ainda prometeu defender a imagem do país e o que ele
representa para o mundo. "Eu os servirei em nome de nosso lema:
"liberdade, igualdade, fraternidade".
Pesquisas. Ainda durante a eleição, institutos consultados
pela rede de TV RTBF, da Bélgica, indicavam vitória do candidato En Marche
(centro-esquerda) com entre 62% e 64% dos votos, longe de Le Pen, do partido de
extrema direita Frente Nacional, que ficaria com entre 36% e 38% dos votos.
O segundo turno das eleições presidenciais na França teve
participação inferior à do primeiro turno e ao pleito de 2012. O instituto
Ipsos Sopra Steria estimou que houve uma abstenção de 25,3%, superior ao
primeiro turno (22,23%) e ao segundo turno das eleições presidenciais de 2012
(19,66).
Essa perspectiva já vinha sendo evocada por institutos de
pesquisa e analistas políticos, que apontavam a alta taxa de abstenção ou de
eleitores que votariam em branco ou anulariam, em lugar de escolher entre o
centrista Emmanuel Macron (En Marche!) e a nacionalista Marine Le Pen (Frente
Nacional). Uma elevada abstenção poderia favorecer Marine Le Pen, da extrema-direita.
Votação. Macron compareceu a uma seção do balneário de
Touquet, em Pas-de-Calais, no extremo norte da França. Acompanhado na mulher,
Brigitte, o candidato social-liberal aproveitou a multidão que o esperava para
cumprimentar os eleitores. Marine Le Pen, por sua vez, votou em Hénin Beaumont,
também no norte do país. Pouco antes de seu voto, a organização Femen realizou
um protesto na cidade - um bastião da Frente Nacional no País -, estendendo uma
faixa contra a candidata. As militantes foram detidas pela polícia.
Não houve nenhuma declaração pública de parte dos candidatos
porque a lei eleitoral impede manifestações via imprensa nas últimas 32 horas
antes da abertura das urnas.
Outro que também votou pela manhã foi o presidente François
Hollande, que encerrará o mandato de cinco anos dentro de oito dias. O chefe de
Estado esteve na cidade de Tulle, seu distrito político, e aproveitou para
conversar bastante com os eleitores. " Meu sucessor terá, com sua própria
visão, suas próprias proposições, a continuar a marcha ", afirmou Hollande
ao deixar sua seção eleitoral.
Até o final da tarde, o dia de eleição se desenrolou sem
sobressaltos, com exceção da evacuação dos jornalistas que se localizavam em
uma sala de imprensa organizada pelo partido En Marche no interior do Museu do
Louvre. De acordo com a polícia, uma inspeção de rotina teve de ser realizada,
o que obrigou os repórteres que já se concentram à espera da festa da vitória
de Emmanuel Macron a se retirarem.
Como no primeiro turno, houve forte mobilização de forças de
segurança. Nada menos de 50 mil policiais e militares estão nas ruas para
proteger os eleitores e as equipes dos dois candidatos, que foram ameaçados
pelo grupo terrorista Estado Islâmico em publicação feita nas redes sociais. A
eleição é realizada em Estado de emergência - regime de exceção que reforça os
poderes da Justiça, do Ministério Público e da Polícia -, em vigor desde os
ataques terroristas de 13 de novembro de 2015.
Além do terrorismo, a possibilidade de protestos violentos
também é uma preocupação, a exemplo do que aconteceu no primeiro turno. Um
protesto da extrema-esquerda foi marcado para esta segunda-feira na Praça da
República, na capital. A posse do futuro presidente da França vai acontecer nos
próximos dias, em data a ser marcada entre a quinta-feira e o domingo.
Outro que também votou pela manhã foi o presidente François
Hollande, que encerrará o mandato de cinco anos dentro de oito dias. O chefe de
Estado esteve na cidade de Tulle, seu distrito político, e aproveitou para
conversar bastante com os eleitores. " Meu sucessor terá, com sua própria
visão, suas próprias proposições, a continuar a marcha ", afirmou Hollande
ao deixar sua seção eleitoral.
Até o final da tarde, o dia de eleição se desenrolou sem
sobressaltos, com exceção da evacuação dos jornalistas que se localizavam em
uma sala de imprensa organizada pelo partido En Marche no interior do Museu do
Louvre. De acordo com a polícia, uma inspeção de rotina teve de ser realizada,
o que obrigou os repórteres que já se concentram à espera da festa da vitória
de Emmanuel Macron a se retirarem.
Como no primeiro turno, houve forte mobilização de forças de
segurança. Nada menos de 50 mil policiais e militares estão nas ruas para
proteger os eleitores e as equipes dos dois candidatos, que foram ameaçados
pelo grupo terrorista Estado Islâmico em publicação feita nas redes sociais. A
eleição é realizada em Estado de emergência - regime de exceção que reforça os
poderes da Justiça, do Ministério Público e da Polícia -, em vigor desde os
ataques terroristas de 13 de novembro de 2015.
Além do terrorismo, a possibilidade de protestos violentos
também é uma preocupação, a exemplo do que aconteceu no primeiro turno. Um
protesto da extrema-esquerda foi marcado para esta segunda-feira na Praça da
República, na capital. A posse do futuro presidente da França vai acontecer nos
próximos dias, em data a ser marcada entre a quinta-feira e o domingo.
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