Do O GLOBO
Sabemos hoje que John F. Kennedy não foi um grande presidente para os Estados Unidos, nem para a América Latina nem para ninguém. Não era nenhuma maravilha como caráter, marido ou aliado político. Deixou como legado uma tentativa desastrada de invasão a Cuba, o apoio a golpes na América Latina e as sementes do envolvimento americano no Vietnã, embora tenha sido firme na Crise dos Mísseis. Mas, aos 46 anos, o sofisticado e bonito presidente representava a esperança para milhões de pessoas em seu país e no resto do mundo. Isso até o dia 22 de novembro de 1963, quando as TVs mostraram a cabeça de Kennedy explodindo em decorrência de tiros de fuzil que teriam sido dados pelo ex-marinheiro Lee Harvey Oswald, preso no mesmo dia.
Sabemos hoje que John F. Kennedy não foi um grande presidente para os Estados Unidos, nem para a América Latina nem para ninguém. Não era nenhuma maravilha como caráter, marido ou aliado político. Deixou como legado uma tentativa desastrada de invasão a Cuba, o apoio a golpes na América Latina e as sementes do envolvimento americano no Vietnã, embora tenha sido firme na Crise dos Mísseis. Mas, aos 46 anos, o sofisticado e bonito presidente representava a esperança para milhões de pessoas em seu país e no resto do mundo. Isso até o dia 22 de novembro de 1963, quando as TVs mostraram a cabeça de Kennedy explodindo em decorrência de tiros de fuzil que teriam sido dados pelo ex-marinheiro Lee Harvey Oswald, preso no mesmo dia.
Dois dias depois, quando era transferido de cadeia, Oswald
também foi assassinado, sem nunca ter admitido a autoria do atentado contra o
presidente. "Fiz isso por Jackie Kennedy", alegou o assassino de
Oswald, Jack Rubinstein (Ruby).
Boa parte do mundo ficou órfã em minutos. A imagem do filho
pequeno, John John, perfilado em continência diante do cortejo fúnebre que
levava o corpo do pai, correspondia ao sentimento de parte do mundo, que via
morrer também suas esperanças.
Ninguém ganhou nada com sua morte, nem seus inimigos. Até
hoje permanece acesa a polêmica quanto às razões dos assassinatos, à
participação da Máfia ou à existência de uma conspiração internacional,
envolvendo os governos da URSS e de Cuba.
John Fitzgerald Kennedy nasceu em Brookline, Massachusetts,
no dia 29 de maio de 1917. Filho de Joseph Kennedy e Rose Fitzgerald, rica
família católica, que teve nove filhos: Joseph Patrick Jr., John Kennedy,
Rosemary, Kathleen, Eunice, Patrícia, Robert, Jean e Edward o caçula.
Ele graduou-se na Universidade de Harvard em 1940, e, no ano
seguinte, alistou-se voluntariamente na Marinha. Em 1943, quando seu barco,
PT-109, foi afundado por um destróier japonês no Oceano Pacífico durante a
Segunda Guerra Mundial, Kennedy conduziu os sobreviventes através de águas
perigosas à segurança.
De volta da guerra, ele se transformou em um congressista
democrata da área de Boston, avançando em 1953 para o Senado. Casou-se com
Jacqueline Bouvier em 12 de setembro de 1953. Foi eleito presidente no dia 8 de
novembro de 1960, em eleição muito disputada. No voto popular, Kennedy venceu o
canditado republicano Richard Nixon, com 49,7% dos votos contra 49,5%, enquanto
no Colégio Eleitoral ganhou com 303 votos contra 219 (269 eram necessários para
vencer).
Kennedy tornou-se o primeiro presidente católico a governos
os Estados Unidos. Seu governo foi marcado pelo início da corrida espacial com
a URSS, pela crise dos mísseis em Cuba e pela luta em favor da implementação de
leis contra a segregação racial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário