Memória – Há é exato um ano, morria Hélio Garcia,
vice-governador e ex-governador de Minas Gerais. Vice-governador do
ex-presidente Tancredo Neves e seu sucessor à frente do governo de Minas Gerais
quando o mineiro lançou-se candidato por eleição indireta na sucessão do
general João Batista de Figueiredo, último presidente da ditadura militar, o
ex-governador Hélio Garcia, 85, morreu no Hospital da Unimed, em Belo
Horizonte. O velório do ex-governador foi realizado no cemitério Parque da
Colina, em Belo Horizonte, o corpo foi cremado.
Os últimos anos de vida do ex-governador foram de reclusão.
Com problemas de saúde, Garcia não saía de casa. Há alguns anos, o ex-governador
foi diagnosticado com mal de Alzheimer e teve problemas circulatórios,
osteoporose e insuficiência coronária. Usava marcapasso em decorrência de uma
arritmia.
Garcia havia sido internado na semana passada para
tratamento de uma embolia pulmonar e estava com a saúde fragilizada. Ele deu
entrada no Hospital da Unimed no dia 28 de maio e seu quadro se agravou.
Garcia começou a vida política em 1963 como deputado
estadual. Foi ainda prefeito de Belo Horizonte em 1983. Antes de se aposentar,
era filiado ao PTB. Foi também da UDN, Arena, PP e PMDB.
Ele foi governador de Minas Gerais entre 1984 e 1987 (quando
substituiu Tancredo Neves), e entre 1991 e 1995, em eleição direta. Garcia foi
um dos principais articuladores de um acordo político em Minas Gerais que
garantiu a repetição no Estado das negociações que viabilizaram a formação da
Aliança Democrática, coligação do PMDB com a Frente Liberal para o lançamento
da candidatura indireta de Tancredo Neves à Presidência em 1984.
Pouco afeito a holofotes, o ex-governador deixou para o
folclore político uma coleção de frases de efeito. "Política deve ser
feita à noite, de chapéu e sobretudo, dentro de um táxi em movimento" era
uma delas.
Com informações do UOL, do Conteúdo Estadão
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