O senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTC)
anunciou, por meio de um vídeo, na noite desta sexta-feira (14), que desistiu
da candidatura ao governo de Alagoas. O motivo alegado da renúncia foi a falta
de "reciprocidade" do grupo de oposição a qual ele integra.
No vídeo divulgado, Collor alega que a candidatura dele
surgiu porque foi procurado por um grupo político do estado que teria
"feito apelo" para que aglutinasse e liderasse uma frente de oposição.
"Todos sabem do meu destemor. Cumpro com minha palavra,
mas peço reciprocidade. Na ausência dela, perde sentido a missão a mim
atribuída, e perde a candidatura o significado da existência. Deixo portanto a
condição de candidato ao governo, ficando meu muito obrigado aos colaboradores
e correligionários", disse.
Antes de anunciar disputa pelo governo, Collor chegou a se
anunciar candidato à Presidência da República, mas acabou tendo a candidatura barrada pela direção nacional do PTC.
Cenário desfavorável
Collor era o segundo colocado em intenções de voto na
disputa. Segundo levantamento do Ibope, divulgado no dia 16 de agosto, Collor
tinha 22% das intenções de voto, contra 46% do atual governador Renan Filho
(MDB).
Um dos pontos mais controversos da campanha foram os apoios
conseguidos por Collor, entre eles o PSDB, que tinha o candidato a
vice-governador na chapa, Kelmann Vieira. O apoio dos tucanos, entretanto,
rachou o partido. O candidato tucano ao Senado, Rodrigo Cunha, e o ex-governador
Teotonio Vilela Filho, afirmaram que não votariam em Collor.
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