domingo, 16 de setembro de 2018

DUROU POUCO

Do G1
O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado pelo PSDB, Beto Richa, deixou a prisão no início da madrugada deste sábado (15). Ele estava preso desde terça-feira (11) no Regimento da Polícia Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba.
Ele foi solto após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, na noite de sexta-feira (14). A mulher de Beto e ex-secretária estadual, Fernanda Richa, e outros 13 investigados da Operação Rádio Patrulha também tiveram a liberdade concedida.
Fernanda e o irmão de Beto, Pepe Richa, que é ex-secretário estadual, estavam presos no mesmo local e também saíram na madrugada deste sábado.
Outros 11 presos também foram soltos do Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, durante a madrugada, segundo a direção do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR).
Apenas o ex-chefe de gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo, continua preso. Ele também tinha um mandado de prisão da 53ª fase da Operação Lava Jato.
Roldo é réu na Justiça Federal por fraude a licitação, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa dele classificou a prisão como desnecessária.
Os 15 investigados tinham sido detidos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) suspeitos de envolvimento em um esquema de superfaturamento de contratos para manutenção de estradas rurais em troca de propina.
Na saída, Beto Richa se pronunciou, mas não respondeu perguntas dos repórteres.
O ex-governador disse que o povo do Paraná conhece a história política dele e da família. Richa se disse cansado, mas garantiu que vai retormar a campanha ao Senado.
O ex-governador questionou a credibilidade do delator da operação. "Vale a palavra dele ou a minha palavra?", disse.
Ao concluir a fala, Richa afirmou que entrou no Regimento da Polícia Montada "como um homem honrado" e sai de lá da mesma forma.
Mais cedo, nesta sexta, a defesa de Beto Richa pediu a Gilmar Mendes que soltasse o cliente alegando que o decreto de prisão "é absolutamente nulo".
Antes da decisão do ministro, o juiz Fernando Fischer havia convertido as prisões temporárias em preventivas - sem prazo - do ex-governador e de outros nove investigados na operação considerando haver risco à ordem pública e à ordem econômica.
Ainda nesta nesta, Beto foi levado a depor no Gaeco, mas preferiu ficar calado. Fernanda Richa também prestou depoimento e falou por mais de uma hora.
Beto é considerado chefe da organização criminosa, diz MP
De acordo com o MP-PR, apura-se o pagamento de propina a agentes públicos, direcionamento de licitações de empresas, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
Beto Richa é considerado chefe da organização criminosa, que fraudou uma licitação de mais de R$ 70 milhões para manutenção das estradas rurais, em 2011, segundo as investigações.
Fernanda Richa participava da lavagem de dinheiro desviado no esquema, de acordo com o MP-PR.
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