No título do francês Le Figaro, “Brasil: crescimento baixo”. Abrindo o texto, “crescimento fraco”, com “número desapontador”. A agência chinesa Xinhua apontou que “ainda está abaixo do nível de 2014”.
Os argentinos Clarín e La Nación, lembrando ser “o maior sócio comercial da Argentina”, publicaram que no Brasil “a expansão continua débil” e “em ritmo lento”. Mais, “as esperanças se viram frustradas”.
O Wall Street Journal falou em “crescimento desbotado”, no título. Abrindo a reportagem, “desapontou”. O jornal ouve de um analista financeiro que “está difícil encontrar empresas para investir aqui”.
A Bloomberg preferiu sublinhar que a “Economia do Brasil desacelerou bruscamente no quarto trimestre”. E que a Capital Economics soltou em nota que “o PIB desaponta aqueles que esperavam que o crescimento iria acelerar após a vitória de Jair Bolsonaro”.
A analista da própria Bloomberg Economics acrescentou que o resultado “deve reforçar o viés negativo do mercado para crescimento em 2019”. O número “fraco” já teria levado o banco Goldman Sachs a cortar a previsão de crescimento do país neste ano para 2%.
Tanto WSJ como Bloomberg responsabilizam, em parte, o “mercado de trabalho mais fraco do que se esperava” pela economia “mais fraca”.
INVESTIDOR NÃO VEM
A Reuters entrevistou em Londres o economista-chefe do Institute of International Finance, a associação global dos bancos, sobre o fluxo de investimentos aos emergentes. Ele cita China, Indonésia e México como “destinos mais populares” e:
“Talvez a maior surpresa para mim seja que os fluxos para o Brasil continuem bastante fracos, mesmo após anos difíceis e com uma agenda interessante de reformas.”
RECEITA RUIM
A nova Economist publica o editorial “Receita ruim”, tendo como segundo enunciado “3G Capital descobre os limites do corte de custos”.
Escreve que “o que aparentava ser uma estratégia bem-sucedida de repente parece ser um fiasco”. E que, “com suas raízes no Brasil, a 3G trouxe torções próprias ao barbarismo” das últimas décadas. “Funcionou por algum tempo”, avalia, mas agora “é preciso encontrar o mix certo entre cortar despesas e investir por crescimento”.
Como tuíta há dias com a hashtag acima, Kimberly Breier, secretária-assistente de Estado dos EUA, fez reuniões de trabalho com o chanceler Ernesto Araújo, com o ministro Sergio Moro, com quem tratou de “ameaças à segurança regional”, e com o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó (acima).
Também com Fiesp e Escola Superior de Guerra.
*Nelson de Sá é jornalista, foi editor da Ilustrada.
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