Diário da Crise LXXI
Domingo de muito trabalho. Não houve futebol mas as torcidas
levaram a emoção para as ruas.
Consegui descer com meu banquinho para tomar um pouco de
sol. Mas foi tudo. Nem pude cuidar direito de postar as fotos no Instagram.
As manifestações em São Paulo terminaram com violência. As
torcidas organizadas lutavam pela democracia.
Mas seu estilo representa apenas uma parte mas não todo
movimento democrático. Durante a semana, ele se manifestou mais no campo
virtual, através de manifestos de juristas do Manifesto Basta, grupos
como Estamos Juntos ou Somos 70 por cento.
Já vi manifestações em São Paulo, recentemente são mais
maduras.
Segui com os moradores de Paraisópolis até o Palácio
Morumbi, cobrindo seu protesto.
Tanto os manifestantes como a PM tinham uma comissão de
negociação. Entre os manifestantes era um grupo de negociadores mais algumas
pessoas encarregadas de filmar tudo.
Quando o movimento democrático ganhar as ruas, creio que
saberá respeitar as regras do distanciamento social, como fizeram recentemente
manifestantes em Israel.
De qualquer forma, observei que no Rio começou também o
movimento de defesa da vida negra, com o mesmo slogan dos Estados Unidos.
Observei também que a PM separando grupos bolsonaristas e
antibolsonaristas, no Rio e em SP, sempre se coloca de costas para os
bolsonaristas e de frente para os opositores.
Muita coisa se movendo num país em quarentena e que lidera o
número diário da contaminações, avançando para 30 mil mortes.
Imaginem o que não seria sem quarentena.
Por hoje paro aqui. Soube que Crivella iria liberar o exercício e enchi o pneu da bicicleta. Mas acho que vai ser adiado para 8 de junho. Espero então sentado no meu banquinho azul.
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