Para agradar o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, a
deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) é capaz de tudo ou de quase tudo.
Quando Sérgio Moro, ainda ministro da Justiça, parecia seguro no cargo, ela o
convidou para ser padrinho do seu casamento. Sob as vistas da primeira-dama
Michelle, dançou uma valsa com Moro.
Quando Moro, em abril último, anunciou sua saída do governo,
Zambelli invocou sua condição de afilhada dele para meter-se onde não fora
chamada. Passou mensagens por celular na tentativa de convencer Moro a não
renunciar ao cargo, e foi ao Ministério da Justiça fazer um apelo nesse
sentido. Mais tarde, criticou Moro.
No último dia 19, Zambelli revelou nas redes sociais que
testara positivo para coronavírus, estava assintomática, e que se trataria à
base de cloroquina, remédio do qual Bolsonaro é garoto propaganda. Internou-se
no hospital DFStar. Ontem, a direção do hospital informou que Zambelli não foi
infectada pelo vírus.
Ela tem endometriose, uma doença “caracterizada pela
presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da
cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários,
intestinos e bexiga”. Causa infertilidade, dores no período menstrual e durante
relações sexuais.
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