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“A Casa do Morro” de Lindy Lima, mesma autora de No Divãcom a Manicure, colunista desse Blog.
Sinopse:  “A Casa do Morro” trata-se de uma saga que envolve três gerações da família Porto. A história desenrola numa região árida do sertão nordestino, às margens de um rio, onde vivem os enfrentamentos familiares, os amores perdidos e, principalmente, pagam pelos erros de seus ancestrais.
Trata-se de um casal com três filhas. A mais velha (Glorinha Porto torna-se inerte e vive envolta em não contrariar a mãe). Uma matriarca que por uma razão em especial, se tornou muito cruel com a família, principalmente, com a filha do meio Raquel Porto. O patriarca já velho se volta ao passado e vive de rememorar seu tempo de juventude, quanto que a mulher se torna uma grande fazendeira e inimiga furtiva dos de casa.
Praticamente se desfaz da filha caçula Mariana Porto temendo que ela siga os caminhos da do meio, Raquel, uma jovem muito à frente do seu tempo. Raquel Porto vive um grande amor com um forasteiro, fica grávida e é expulsa de casa pela mãe, tendo que criar o filho sozinha com a ajuda do padre, seu amigo de infância, numa época em que isto era quase que crime hediondo.
Ela é a última remanescente da dinastia Porto, além do filho e uma neta e se emprega a atividade de escrever um diário, em primeira pessoa, narrando a saga da família para essa neta que teme morrer sem conhecê-la.
O relato de uma das maiores jornalistas da atualidade sobre as ameaças à liberdade de imprensa no Brasil e no mundo.
Dias antes do segundo turno da eleição de 2018, Patrícia Campos Mello publicou a primeira de uma série de reportagens sobre o financiamento de disparos em massa no WhatsApp e em redes de disseminação de notícias falsas, na maior parte das vezes em benefício do então candidato Jair Bolsonaro. Desde então, a repórter tornou-se alvo de uma violenta campanha de difamação e intimidação estimulada pelo chamado gabinete do ódio e por suas milícias digitais.

Em A máquina do ódio, Campos Mello discute de que forma as redes sociais vêm sendo manipuladas por líderes populistas e como as campanhas de difamação funcionam qual uma censura, agora terceirizada para exércitos de trolls patrióticos repercutidos por robôs no Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp — investidas que têm nas jornalistas mulheres suas vítimas preferenciais. Os bastidores de reportagens da jornalista e os ataques de que foi vítima servem de moldura para um quadro mais amplo sobre a liberdade de imprensa no Brasil e no mundo, numa prosa ao mesmo tempo pessoal e objetiva.

Campos Mello acompanhou a utilização crescente das redes sociais nas eleições internacionais que cobriu: nos Estados Unidos, em 2008, 2012 e 2016; na Índia, em 2014 e 2019. À experiência de observadora do avanço dos tecnopopulistas e seu "manual para acabar com a mídia crítica", somou-se a de protagonista involuntária no front de uma guerra contra a verdade. Relato envolvente de um dos capítulos mais turbulentos de nossa história recente, A máquina do ódio é também um manifesto em defesa da informação.
"Graças ao trabalho desbravador de algumas jornalistas, nós pudemos descobrir e entender como a internet contribuiu para propagar movimentos contrários à democracia. Dentre elas, destacam-se a indiana Rana Ayyub, a britânica Carole Cadwalladr e a brasileira Patrícia Campos Mello. É simples: se você quer entender os desafios atuais para a democracia no mundo, você precisa ler este livro." — Jason Stanley, autor de Como funciona o fascismo
"Para entender a natureza dos riscos que ameaçam a democracia brasileira hoje, é preciso seguir o rastro da conspiração digital que simula movimentos de apoio popular e fabrica ódio contra pessoas e instituições. O livro de Patrícia Campos Mello desvenda esse mundo das sombras com um texto envolvente e esclarecedor. Recomendo fortemente a leitura. E quanto antes, melhor." — Miriam Leitão

Escravidão – Vol. 1: Do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares
Depois de receber diversos prêmios e vender mais de 2,5 milhões de exemplares no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos com a série 1808, 1822 e 1889, o escritor Laurentino Gomes dedica-se a uma nova trilogia de livros-reportagem, desta vez sobre a história da escravidão no Brasil. Resultado de seis anos de pesquisas e observações, que incluíram viagens por doze países e três continentes, este primeiro volume cobre um período de 250 anos, do primeiro leilão de cativos africanos registrado em Portugal, na manhã de 8 de agosto de 1444, até a morte de Zumbi dos Palmares.
Entre outros aspectos, a obra explica as raízes da escravidão humana na Antiguidade e na própria África antes da chegada dos portugueses, o início do tráfico de cativos para as Américas e suas razões, os números, os bastidores e os lucros do negócio negreiro, além da trajetória de alguns de seus personagens mais importantes, como o Infante Dom Henrique, patrono das grandes navegações e descobrimentos do século XV e também um dos primeiros grandes traficantes de escravos no Atlântico.
Esta é uma história de dor e sofrimento cujos traços ainda são visíveis atualmente em muitos dos locais visitados pelo autor, como Luanda, em Angola; Ajudá, no Benim; Cidade Velha, em Cabo Verde; Liverpool, na Inglaterra; e o cais do Valongo, no Rio de Janeiro.
Os dois volumes seguintes, a serem publicados até as vésperas do bicentenário da Independência Brasileira, em 2022, serão dedicados ao século XVIII, o auge do tráfico de escravos, e ao movimento abolicionista que resultou na Lei Áurea de 13 de maio de 1888, chegando até o persistente legado da escravidão que ainda hoje assombra o futuro dos brasileiros.
Já está disponível nas livrarias de todo o país, o livro Getúlio – Da volta pela consagração popular ao suicídio, é o terceiro e último volume da trilogia biográfica de Getúlio Vargas, escrito pelo jornalista e escritor Lira Neto, um dos mais conceituados biógrafos do país.
A obra é a mais completa sobre a vida desse controverso político brasileiro Getúlio Dornelles Vargas. A série biográfica é o resultado primoroso de cinco anos de extenso trabalho que o autor dedicou a Getúlio. Muitas horas de pesquisa, viagens, entrevistas e documentos, alguns inéditos.
Na terceira e última parte da série biográfica sobre Getúlio Vargas, Lira Neto reconstitui os acontecimentos políticos e pessoais mais importantes dos anos finais do ex-presidente. Entre a deposição por um golpe militar, em outubro de 1945, e o suicídio, em agosto de 1954, o livro revela como a história do Brasil se entrançou com a vida de Getúlio, inclusive enquanto afastado do poder.
Marighella - O guerreiro que incendiou o mundo - A vida de Carlos Marighella (1911-69) foi tão frenética quanto surpreendente. Militante comunista desde a juventude, deputado federal constituinte e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura militar - a Ação Libertadora Nacional -, esse mulato de Salvador era também um profícuo poeta, homem irreverente e brincalhão.
Nesta narrativa repleta de revelações, o jornalista Mário Magalhães investiga as várias facetas do biografado. Em ritmo de thriller, reconstitui com realismo desconcertante passagens pela prisão, resistência à tortura, operações de espionagem na Guerra Fria e assaltos da guerrilha a bancos, carros-fortes e trem-pagador. Mas também recupera a célebre prova de física respondida em versos no Ginásio da Bahia e poemas de amor.
Isso sem negligenciar a influência internacional de Marighella e seu Minimanual do guerrilheiro urbano, guia que correu o mundo e virou cult nos anos 1960. Traduzido para dezenas de idiomas, é tido hoje como um clássico da literatura de combate político, e levou Jean-Paul Sartre, admirador do estilo de seu autor e de sua disposição para a ação audaz, a publicar artigos seus na revista Les Temps Modernes.
A controversa vida de Marighella é também uma história dos movimentos radicais e da esquerda no Brasil e no mundo. Coadjuvantes de peso, que tangenciaram a vida do protagonista, povoam estas páginas: Fidel Castro, Getúlio Vargas, Che Guevara, Carlos Lacerda, Stálin, Luiz Carlos Prestes e Carlos Lamarca, além de figuras-chave da cultura, como os escritores Jorge Amado e Graciliano Ramos; os pintores Cândido Portinari e Joan Miró; os dramaturgos Augusto Boal e Dias Gomes; e os cineastas Glauber Rocha, Jean-Luc Godard e Luchino Visconti.
Proclamado pela ditadura militar como seu inimigo número um, o guerrilheiro foi morto em uma emboscada policial em São Paulo, na noite de 4 de novembro de 1969. Do início ao fim, esta biografia de tirar o fôlego apresenta informações inéditas sobre a trajetória de Marighella e o atribulado e apaixonante tempo em que ele viveu.
Do site da Companhia das Letras
Operação Banqueiro - Um acontecimento inusitado assombrou o Brasil em 2008: o poderoso e enigmático banqueiro Daniel Dantas foi preso pelo delegado federal Protógenes Queiroz, por ordem do juiz Fausto De Sanctis, e conduzido algemado para uma cela comum, acusado de vários crimes. Mas logo depois foi libertado, por ordem do então presidente do Supremo Tribunal Federal - STF, Gilmar Mendes.
As provas da investigação foram anuladas. O delegado foi afastado de seu trabalho e elegeu -se deputado. O juiz foi transferido para uma vara qualquer, sem brilho e poder. O que teria acontecido? Neste livro, que se lê como um thriller policial, o repórter investigativo Rubens Valente, da Folha de S. Paulo, desvenda toda a história, com a revelação de aspectos inéditos, documentos e segredos.
Sinopse
O golpe militar de 1964 foi o estopim para a instauração de uma ditadura autoritária, opressiva e truculenta que se manteve no poder por mais de vinte anos no Brasil. Em 2014, cinquenta anos depois, é hora de aprofundar e renovar a reflexão sobre este período traumático na história do Brasil.
Organizada e escrita pelos mais renomados pesquisadores, "A Ditadura que Mudou o Brasil" é uma coletânea de artigos que oferece novas luzes para compreender as raízes da ditadura, sua evolução e a herança que nos legou: relações sociais autoritárias, censura indiscriminada, aparato repressivo opressor, fragilidade da cidadania, aprofundamento de desigualdades e injustiças sociais.
Sinopse
De tanto proferi-las, ouvi-las e repeti-las, já temos todas essas frases incorporadas ao nosso vocabulário cotidiano. Menos conhecido é quem disse o quê e também o contexto em que cada sentença foi pronunciada.
Os autores deste fabulário brasileiro têm rostos, nomes, inspirações e histórias. Neste livro, as frases célebres servem de ponto de partida para contar, por um ângulo inesperado e revelador, a História de nosso país.
Num texto leve, informativo e saboroso Jaime Klintowitz explica, apresenta e convida o leitor a um passeio pelas veredas do Brasil. Um passeio que perpassa a ironia de nossa linguagem, a diversidade de nossa política, as maravilhas de nosso território e as descobertas de nossa literatura.
No caminho, o autor oferece encontros com Euclides da Cunha, Fernando Collor de Melo, Jânio Quadros, Juscelino Kubitschek, Dom Pedro I, Pelé, Nelson Rodrigues, Getúlio Vargas, Lula e muitos outros personagens que contribuíram para construir o mosaico da história brasileira.
Sinopse
Há algumas frases conhecidíssimas que dizemos e mal podemos imaginar a origem e a importância delas na história do mundo. "Só sei que nada sei", "Carpe diem", "Os fins justificam os meios", "Penso, logo existo", "Tempo é dinheiro", "Tenho um sonho" e muitas outras foram ditas em momentos muito importantes por pessoas que mudaram a história de seus países.
Todos nós ouvimos, usamos e lemos algumas destas frases mas não sabemos o seu contexto histórico. De forma bem humorada e sucinta este livro nos leva para um passeio na história: desde a Antiguidade, passando pelo Império Romano e pelo Renascimento até a Guerra Fria, a partir de cinquenta frases célebres distribuídas ao longo de dois mil e seiscentos anos.
Assim, o escritor Helge Hesse ilumina o Império Romano com os dados que César lançou ou a Guerra Fria com o discurso berlinense de Kennedy, por exemplo. Cada um destes aforismos representa uma época da história universal que o leitor pode visitar em cinquenta instrutivos capítulos.
Sinopse do livro, via Submarino
João Goulart - uma biografia é a única que conta a trajetória de João Goulart desde sua infância na estância do pai no Rio Grande do Sul até se tornar o 24º. presidente do Brasil. O autor defende que Jango foi o último presidente legítimo a manter relações reais de identificação com a sociedade, especialmente com os trabalhadores.
João Goulart foi, sem dúvida, o principal herdeiro do carisma de Getúlio Vargas, a grande figura da História do Brasil do século XX. Seu nome liga-se fortemente à República que se estabelece no pós-1946, durante a qual constrói sua carreira política como parlamentar e como liderança de uma das maiores organizações do sistema partidário que então se consolida: o Partido Trabalhista Brasileiro.
Contudo, pode-se dizer que, na memória política nacional, o nome de Jango, quando é lembrado, o é muito mais por ter protagonizado os últimos momentos dessa fase da vida política brasileira do que por qualquer outra razão. Jango tornou-se, por excelência, o presidente deposto pelo movimento civil e militar de 1964, que inaugurou mais de vinte anos de autoritarismo no Brasil.
Um fato histórico tão determinante para a trajetória desse presidente da República que praticamente tudo que ele fez no passado pré-64 ou no decurso posterior de sua vida, até porque morreu no exílio, ficou como encapsulado nesse acontecimento: uma espécie de síntese de sua vida, demarcada por sua deposição do poder, em geral analisada como um desdobramento das ações de seu governo, globalmente avaliado como um equívoco político.
Com informações da Livrarias Curitiba 
O documentário Sobral – O homem que não tinha preço sobre o jurista Heráclito Fontoura Sobral Pinto (1893-1991) é um dos melhores da safra de 2013. Sobral ganhou destaque ao lutar contra as injustiças e defender a democracia mesmo em um dos períodos mais obscuros de nossa história, a ditadura militar.
Este documentário é um dos melhores que vi nos últimos dois anos e traz uma série de depoimentos e imagens de arquivo que mostram a trajetória do advogado e ressaltam a importância de seu trabalho na defesa da justiça e dos direitos humanos.
Sobral Pinto foi sempre um defensor da democracia. Em 1999, teve acesso a arquivos secretos de áudio do Superior Tribunal Militar que registram defesa dos presos políticos na ditadura do pós-64, nessa época, ele ainda era um jovem advogado. No entanto, a voz que mais se escuta nas gravações é a do próprio jurista.
Com a descoberta desses arquivos, o filme faz um relato da trajetória de Sobral Pinto, que sempre foi um homem de coragem e de ética. Ele colocava a justiça acima de qualquer ideologia e enfrentou os ditadores brasileiros. Por isso, é considerado um dos maiores defensores dos direitos humanos do Brasil.
 Sobral – O homem que não tinha preço é um documentário evidentemente pessoal, não só por ser dirigido por Paula Fiuza — neta do jurista Sobral Pinto (1893-1991) — como pela narração, a cargo da própria cineasta logo nos primeiros minutos de projeção.
A intenção é justa: valorizar a trajetória do avô, que, entre seus feitos lendários, salvou Anita Leocádia, filha de Luiz Carlos Prestes e Olga Benário, das garras do nazismo. A falta de distanciamento, porém, talvez tenha levado a uma certa idealização...
O livro As Capas desta História reúne mais de 300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos no exílio entre 1964, ano do golpe, e 1979, quando foi aprovada a Lei da Anistia. A obra traz ainda capas de jornais considerados precursores das publicações dos anos de chumbo. São imagens de publicações que rodaram no exílio, em países como Chile, México, Suécia, Itália, França, Portugal e Argélia.
Na seção dos clandestinos estão publicações das principais tendências da esquerda que atuaram durante a ditadura militar, como a Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella, que editou 'O Guerrilheiro', e a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), de Carlos Lamarca, que produzia o 'Palmares'.
Aparecem nesta parte jornais dos PCs (PCB e PCdoB), de organizações trotskistas e de grupos ligados à Igreja Católica. O bloco dos alternativos traz desde capas de jornais do movimento operário, estudantil ('O Movimento'), da imprensa satírica ('O Pasquim', 'Pif-Paf'), experimentos literários, além de publicações ligadas à causa ambiental, gay e negra.
Já a parte dos precursores reúne experiências, como o 'Correio Braziliense', que era editado em Londres, uma vez que a corte portuguesa proibia a produção no Brasil. Além de outras publicações, como o 'Jornal Subiroff'.
O projeto idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog, intitulado Resistir é Preciso, que tem o objetivo de manter viva na memória do povo brasileiro a luta da imprensa durante a ditadura militar, época em que muitos profissionais do meio foram perseguidos e mortos.
É um trabalho realizado por Vladimir Saccheta (pesquisa), José Luiz Del Roio (Contexto), Carlos Azevedo (Consultor) e José Maurício de Oliveira (editor de texto) e compreende o período entre o início do golpe militar (1964) e a época da aprovação da Lei da Anistia (1979).
É indispensável a leitura de JK – O artista do impossível, resultado de uma longa pesquisa feita pelo jornalista Claudio Bojunga, na qual ele entrevistou várias personalidades que viveram nos anos 50, este livro é mais do que uma biografia de Juscelino Kubitschek.
Através de relatos de políticos, diplomatas, economistas, historiadores, sociólogos e artistas, o livro traz uma espécie de ensaio político sobre a modernização do Brasil no século 20, no qual JK desempenhou um papel fundamental.
Para aqueles que viveram a época, o livro é um resgate da memória daquele período e também uma reflexão sobre tudo o que Juscelino significou para a história do Brasil.
Para a nova geração, representa a oportunidade de conhecer sobre o homem e o mito, que vivendo à frente de seu tempo, tentou projetar um Brasil melhor para o futuro. A obra é ilustrada por dezenas de fotos da vida e a trajetória de JK.
Entre o início dos anos 1970 até 1992, o Brasil passou por intensas mudanças políticas, das quais Ulysses Guimarães teve papel decisivo. O político que foi presidente da Câmara dos Deputados e também responsável por estabelecer a nova Constituição, em 1988, foi também um dos que mais lutou pela redemocratização do País durante a ditadura militar. Ao lado de Tancredo Neves, Orestes Quércia e Franco Montoro, ‘doutor Ulysses’, como era chamado, foi incessante na luta pelas Diretas Já.
À época, um jovem repórter do jornal O Globo já se destacava por sua cobertura política, sobretudo, em Brasília (DF). Ao longo desses 22 anos, Jorge Bastos Moreno foi amigo pessoal de Guimarães, o que lhe garantiu um rol de histórias exclusivas de bastidores. Algumas dessas memórias foram reunidas no novo livro “A História de Mora: a saga de Ulysses Guimarães”, lançado pela editora Rocco.
As 50 histórias foram publicadas, inicialmente, em O Globo, em 2012, nos 20 anos do falecimento do político, morto em um acidente de helicóptero com a esposa Mora. Os contos são narrados em primeira pessoa pelo jornalista, que toma emprestada a voz de dona Mora para trazer à tona o cenário dos anos 1970 até 1992.
A escolha da personagem foi mais que estratégica. Dona Mora teve papel determinante na candidatura simbólica à presidência do marido em plena ditadura militar. A seguir, Moreno fala sobre o processo de produção dolivro e a cobertura de jornalismo político fora de Brasília
Um bilhão de dólares. Segundo a Polícia Federal, foi este o montante obtido pelo chamado esquema PC Farias durante o governo Collor. E para onde foi este dinheiro? Para Genebra, Roterdã, Zurique, Londres, Montevidéu, Nova York e Miami. Isso é o que mostra um até agora inédito fluxograma preparado pela PF com informações fornecidas por autoridades italianas.
Escrito pelo jornalista Lucas Figueiredo, livro apresenta um detalhado dossiê --repleto de informações precisas, com bancos, agências e números de contas bancárias-- desta verdadeira máquina de corrupção.
Dezembro de 1992. Os escândalos no governo levam o presidente da República, Fernando Collor de Mello, a ser destituído do cargo pelo Senado e a ficar oito anos impedido de se candidatar a cargos públicos.
Nas ruas, o povo comemora e canta o Hino Nacional, com a certeza de que um novo Brasil está nascendo. Uma pergunta, no entanto, ficou sem resposta: onde foi parar o dinheiro que o esquema faturou durante o governo Collor? "Morcegos Negros" responde.
Recentemente foi lançada uma nova edição revisada e ampliada de Morcegos Negros, com posfácio inédito, o autor aborda a volta de Collor à política como aliado do PT, a impunidade que protege corruptos e corruptores e os atuais esquemas de desvio de dinheiro público manejados por 'filhotes' de PC em Brasília.
Inclui ainda informações sobre o misterioso destino da fortuna do esquema e, o mais importante, mostra por que os assassinos de Paulo César e Suzana conseguiram escapar da Justiça.

Sinopse.
O Canal Brasil apresentou recentemente o documentário "Tancredo - A Travessia", de Sílvio Tendler, uma biografia de Tancredo Neves, político que se transformou num símbolo da transição à democracia após 20 anos de ditadura.
Depoimentos de Fernando Henrique Cardoso, José Sarney, José Serra, Aécio Neves, Francisco Dornelles, Pedro Simon, dentre outras personalidades políticas fazem parte do documentário.
Tinha visto no cinema, mas sempre vale a pena rever fatos e personagens da história política brasileira ou de outros países.
Leitura imprescindível é a coletânea Tancredo Neves - Atravessia midiática, são dezessete textos que refletem a conjuntura histórico-política do ex-presidente Tancredo.
Não é pequena a marca de Fernando Gabeira na história política e cultural do Brasil. Em cinquenta anos de atividade pública, ele jamais se fixou num dos muitos papéis que lhe couberam: o revolucionário, o ecologista, o deputado, o ativista.
Como seu famoso relato, O que é isso, companheiro?, este livro também nasce de uma indagação. Se, no primeiro, Gabeira usava a militância na luta armada para reavaliar suas posições, em Onde está tudo aquilo agora? é toda essa trajetória de cinco décadas que ele passa em revista.
A partir de uma revolta incipiente, “um difuso desejo de liberdade”, acompanhamos os caminhos que o fazem se voltar para o jornalismo e se empregar em redações do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, iniciando então sua atividade política. É como jornalista que ele acompanha o golpe de 1964. Com o endurecimento do regime, Gabeira radicaliza e se envolve num dos mais conhecidos episódios da ditadura, o sequestro do embaixador Charles Elbrick.
Do dia a dia no cativeiro aos lances cinematográficos que seguiram a ação, e que culminariam na prisão e exílio de Gabeira, somos apresentados a uma nova reflexão sobre o sequestro e a militância política na ditadura. Num comovente relato sobre o cárcere e o exílio, que inclui seu treinamento guerrilheiro em Cuba, Gabeira vê sua atuação na luta armada sob a ótica de um militante descrente, que encontra na ecologia uma forma nova de ativismo.
Com a anistia e a abertura, surgiu um projeto institucional que visava criar uma política “verde-vermelha”, na aliança do Partido Verde com o pt. Em quatro mandatos, Gabeira conheceu por dentro o funcionamento do Congresso, participando de CPIs e buscando novos meios de atuação.
Na parte final de Onde está tudo aquilo agora?, Gabeira passa a limpo esses dezesseis anos como deputado em Brasília, assim como as duas campanhas políticas, para a prefeitura e para o governo do Rio. Os erros e as dificuldades são inseridos numa meditação ampla sobre o fisiologismo e a política partidária no Brasil. Do rompimento com o PT a uma percepção interna do mensalão, ele transforma a atividade parlamentar em mais um passo para compreender a democracia, a liberdade e o poder.
Do site da Companhia das Letras.
O Essencial de JK - Visão e Grandeza, Paixão e Tristeza, escrita pelo jornalista, historiador e ex-ministro do Trabalho e da Casa Civil, Ronaldo Costa Couto, é a mais recente biografia do ex-presidente responsável pela construção de Brasília.
Abrange os períodos da vida de Juscelino Kubitschek - do nascimento à morte num acidente considerado suspeito, passando pelo período em que trabalhou como médico, sua entrada na política, a mudança da capital do Brasil para a região centro-oeste, a modernização do Estado brasileiro e muitos outros pontos.
O autor pesquisou extensa bibliografia para escrever o livro, além de colher depoimentos de pessoas ligadas a JK e seu governo (os depoimentos mais recentes são do ano de 2013).
Os ben$ que os políticos fazem é uma crítica ao patrimônio adquirido de forma, muitas vezes, obscura. A intenção não é generalizar um comportamento político, mas apontar como agem determinados candidatos que se preocupam mais em ter de esconder do que revelar.
De posse dessas preciosas informações, cabe à sociedade perguntar, cobrar e exigir uma prestação de contas mais clara de seus representantes. Neste livro, o repórter Chico de Gois conta caso a caso como 10 parlamentares aumentaram, e muito, seu patrimônio durante o exercício do mandato.
Este grupo é uma pequena mostra de uma gama de políticos que dia a dia enriquecem sem se preocupar muito em prestar contas à Justiça Eleitoral e, o mais importante, aos seus eleitores. Sinopse do livro.
Quem tem alguma informação sobre a história da música popular no Brasil sabe, sem dúvida, que os fatos políticos sempre foram usados para tema de música cantada por compositores e letristas.
Desde os primórdios do chamado teatro de revista, no século XIX, até o advento das gravações em cilindros e discos (primeiro mecânicos e, depois, elétricos) depois do início do século XX.
Em sua busca de exemplos destinados a compor o todo de sua pesquisa, o autor, o jornalista e ex-ministro da Secretária de Comunicação Franklin Martins chegou à identificação de mais de mil canções inspiradas em episódios políticos ou em personagens a eles ligados.
O livro O Príncipe da Privataria  retrata os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (FHC), que vão de 1995 a 2002, as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o "Senhor X" --a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição-- e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto filho fora do casamento, um "segredo de polichinelo" guardado durante anos. Após 16 anos, Palmério Dória apresenta ao Brasil o personagem principal do maior escândalo de corrupção do governo FHC: o "Senhor X". Ele foi o ex-deputado federal que gravou num minúsculo aparelho as "confissões" dos colegas que serviram de base para as reportagens do jornalista Fernando Rodrigues publicadas na Folha de S. Paulo em maio de 1997. A série "Mercado de Voto" mostrou da forma mais objetiva possível como foi realizada a compra de deputados para garantir a aprovação da emenda da reeleição.
O autor e o coautor desta obra, o também jornalista da velha guarda Mylton Severiano, viajaram mais de 3.500 quilômetros para um encontro com o "Senhor X". Pousaram em Rio Branco, no Acre, para conhecer, entrevistar e gravar um homem lúcido e disposto a desvelar um capítulo nebuloso da recente democracia brasileira.
Palmério Dória, jornalista que trabalhou como chefe de reportagem na Rede Globo e nos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo, também é autor de Honoráveis Bandidos (2009), título que conta toda a história secreta do surgimento e enriquecimento da família Sarney. 
Saudados pela crítica como notáveis qualidades do primeiro volume da trilogia sobre Getúlio Vargas, a pesquisa rigorosa e o texto cativante de Lira Neto continuam nesta parte central da saga biográfica esmiuçando a trajetória do líder político responsável pelas mais profundas transformações do Brasil no século XX.
O livro reconstitui os mandatos de Getúlio no Palácio do Catete como chefe do Governo Provisório (1930-4), presidente constitucional (1934-7) e, por fim, ditador (1937-45), bem como os meandros de sua vida privada.
A astúcia calculista do gaúcho de São Borja apresenta-se aqui em sua plenitude. Livre das amarras da 'carcomida' Constituição de 1891, Getúlio procurou estabelecer uma agenda nacionalista e estatizante de desenvolvimento socioeconômico enquanto, no plano político, engendrava complicadas maquinações palacianas para manter opositores e apoiadores - entre comunistas e militares, camisas-verdes e sindicalistas - sob a égide de sua autoridade pessoal.
A Revolução Constitucionalista de 1932, a 'intentona' comunista de 35 e o putsch integralista em maio de 38, fragorosamente derrotados pelo governo, foram os mais sérios desafios à perpetuação de Vargas no Executivo federal.
Por outro lado, a eleição indireta e a Constituição de 1934, além do golpe de mão do Estado Novo, simbolizaram os momentos de triunfo inconteste do poder getulista. No plano externo, a eclosão da Segunda Guerra Mundial marcou a reaproximação do ditador com as potências aliadas e, internamente, a decadência do regime estadonovista.
Pressionado pela diplomacia norte-americana e por ataques alemães a embarcações brasileiras, Vargas envolveu o país no conflito europeu motivado por interesses econômicos. Mas a contradição entre lutar pela democracia na Europa e exercer o poder ditatorial no Brasil acabaria minando sua sustentação nos quartéis.
 Amparado pela máquina de propaganda do famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o caudilho se tornou um mito popular, status que preservou mesmo após a humilhante deposição em 1945. 'Pai dos pobres' ou déspota do populismo, Getúlio e sua primeira passagem pelo Catete ainda hoje inflamam os seguidores e críticos de seu contraditório legado histórico.
Escrito por Christini Starr chefe de cerimonial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Os bastidores do Palácio relata fatos curiosos ocorridos durante as gestões de nove governadores (1979-2010).
As impagáveis viagens de Maluf ao Iraque, Arábia Saudita e Japão; os bastidores das visitas de dois papas, presidentes, reis, rainhas e príncipes herdeiros, e várias outras histórias inéditas.
O livro faz uma retrospectiva de vários fatos da história de São Paulo e mesmo do Brasil, a partir de uma visão de dentro do Palácio dos Bandeirantes, por quem acompanhou de perto nove governadores do Estado de São Paulo. É interessante, com uma narrativa peculiar e um toque de humor refinado. Vale a pena ler.
O governo Lula dava seus primeiros passos, em 2003, quando um ícone do empresariado brasileiro, Antonio Ermírio de Moraes, deu sua primeira estocada: "A ideia do Fome Zero é péssima. Deviam estar focados no Desemprego Zero". A meio caminho do governo, outra cobrança: "Se eu tivesse de despachar com 35 executivos, estaria perdido". Antes, atazanava Fernando Henrique Cardoso por privatizar empresas ajudando os compradores com dinheiro do BNDES. Sobre os anos de Fernando Collor, era curto e direto: "Não sou psiquiatra para fazer uma análise dessas".
Esse criador de frases, sonhador e crítico, milionário e mal vestido, é o foco de Antonio Ermírio, Memórias de um Diário Confidencial, livro que o professor José Pastore lança amanhã, pela Editora Planeta. O que vem à tona em 350 páginas é o empresário que, além de abrir fábricas, distribuía provocações e ironias - em especial, tendo políticos como alvo.
Pastore aproveitou 35 anos de amizade e as pilhas de documentos e bilhetinhos que reuniu de Ermírio - afastado da vida pública e do trabalho em consequência de hidrocefalia e mal de Alzheimer - para traçar um perfil que junta "seus valores, seus princípios, suas preferências, suas idiossincrasias e até sua teimosia, seu autoritarismo e suas explosões - em geral seguidas por pedidos de desculpa".
Do menino brincando no Pacaembu, nos anos 30, ao patrão de 60 mil empregados do Grupo Votorantim na década de 90, os capítulos mostram o marido, o pai, o empresário, o político e o dramaturgo. Um homem que montou um império nas áreas de mineração, siderurgia, celulose, cimento, energia e finanças e por fim, um tanto desgostoso, enveredou pelo teatro.
Pastore traz detalhes inéditos da disputa de Ermírio pelo governo paulista em 1986, vencida por Orestes Quércia. Um dos últimos capítulos foi um "não" ao PFL, que ofereceu apoio em troca um terço das secretarias estaduais, todas com porteira fechada.
O livro relata momentos de coragem, como a briga com um alto governante, no regime militar. Brasília pediu-lhe que desmentisse uma crítica. "Não vou desmentir nada. Primeiro prove que estou errado."
O tempo todo Ermírio é mostrado como um homem impaciente, mas que desacredita acreditando. "No Brasil tudo é prioritário, do jogo do bicho à bomba atômica. Não pode dar certo", dizia. Dos maus políticos do Congresso, fazia piada: "O último que sair vai roubar a lâmpada".
A ironia também era voltada para si próprio, como quando um assistente tentava ensiná-lo a usar um editor de textos no computador. "O tempo que vou levar para aprender dá pra construir uma fábrica de alumínio!"
Por Gabriel Manzano,  O Estado de S.Paulo
Foram dois anos e meio de trabalho intenso, pesquisando cartas ainda desconhecidas, relendo processos judiciais, checando documentos históricos. Tal procedimento tornou-se rotineiro a cada vez que o jornalista Lira Neto se debruça sobre a trajetória de um personagem que se transformará em livro.
Foi assim com o escritor José de Alencar ("O Inimigo do Rei"), a cantora Maysa ("Só Uma Multidão de Amores"), o Padre Cícero ("Poder, Fé e Guerra no Sertão") e agora com seu projeto mais ambicioso, a biografia de Getúlio Vargas, o principal político brasileiro do século passado.
"Mesmo existindo uma vasta documentação a seu respeito, havia ainda várias lacunas que procurei cobrir", disse Lira à reportagem. Diante de uma figura tão complexa, Lira dividiu a biografia em três volumes. O primeiro, que chega agora às livrarias, intitula-se Dos Anos de Formação à Conquista do Poder e compreende a vida de Vargas entre seu nascimento até 1930, quando assumiu a Presidência.
O segundo volume, do qual Lira já escreveu cerca de 150 páginas e será publicado em 2013, compreenderá o período entre 1930 e 1945, com o título "Do Governo Provisório à Ditadura do Estado Novo". Finalmente, o último livro, a ser lançado em 2014, terá como subtítulo "Do Retorno ao Poder pelo Voto Até o Suicídio", e narrará os fatos acontecidos entre 1945 e 1954.
"O primeiro volume exigiu um esforço diferenciado, pois compreende a fase menos conhecida de Getúlio pelos brasileiros. Assim, pesquisei sobre como funcionava a política gaúcha daquela época", conta. Além de detalhar a ascensão do jovem advogado (leitor voraz, Getúlio desenvolveu uma excelente escrita), Lira relata dois fatos marcantes de sua juventude: o envolvimento em um assassinato em Ouro Preto, onde estudou, e o estupro de uma índia - em ambos, ele foi inocentado. Via O Estado de S. Paulo.
Resistiu a participar do sindicato, foi contra a aliança de trabalhadores com estudantes, menosprezou o apoio da Igreja Católica, resistiu à campanha Diretas-Já, vetou a colaboração do PT com o governo Itamar Franco, boicotou a Constituinte de 1988, criticou o Plano Real e considerou "herança maldita" os avanços sociais de Fernando Henrique Cardoso, seu predecessor.
Quem construiu esse perfil, antes de chegar à Presidência da República e deixar o poder, ao fim de oito anos de mandato, com mais de 80% de aprovação popular, só pode ser considerado um conservador e é essa a avaliação do jornalista José Nêumanne Pinto no livro O que sei de Lula, no qual chega a uma conclusão, no mínimo, surpreendente: "Lula nunca foi de esquerda".
Há revelações inéditas, fatos inconfessáveis, conclusões incômodas. "Descobri que Lula, filho de um canalha e uma santa, um sujeito de sorte cavalar, consegue construir em cima dos equívocos, não dos acertos", afirma Nêumanne, ao explicar que, apesar de falhas e defeitos, seu protagonista se tornou um "fenômeno fantástico de popularidade porque as pessoas se identificam com ele".
O jornalista lembra que Lula recebeu Leonel Brizola com hostilidade quando o político gaúcho voltou do exílio e que nunca negou sua admiração pelo governo do general Ernesto Geisel. Quem organizou a greve dos metalúrgicos do ABC, acrescenta Nêumanne, foi Frei Betto e não Lula - uma afirmação que o frade dominicano considera exagerada.
Amigos e companheiros de luta do operário-presidente poderão discordar, mas será difícil rebater o autor. "Poucas pessoas armazenaram tanta informação sobre a política brasileira", observa na Apresentação do livro o professor Leôncio Martins Rodrigues, lembrando que "mais do que simples repórter, descobridor e narrador de fatos, Nêumanne é um analista capaz de aprofundar e conectar os eventos particulares a situações mais gerais, às teorias e interpretações sobre o Brasil".
Os fatos narrados, acrescenta o cientista político, são fatos que Nêumanne viveu. O autor conhece os personagens e, em alguns casos, esteve presente na cena dos acontecimentos que narra. Leia mais.
Lançado no fim de 2011 pela Editora Insular (SC), o livro Tancredo Neves – a travessia midiática é uma obra extraordinária e completa, que amplia os estudos acerca da influencia deste grande estadista brasileiro em nossa história e de sua inserção no cenário midiático de nosso país.
O centenário de nascimento e os 25 anos de sua morte motivaram os autores – são mais de vinte e seis – a escreverem sobre Tancredo Neves. A organização ficou a cargo de Nair Prata e Wanir Campelo. Pra conseguir o meu exemplar, recorri a contatos em Santa Catarina.
A trajetória do ex-presidente, a conjuntura histórico-política, a campanha pelas Diretas Já, a eleição pelo Colégio Eleitoral, o clamor popular, a doença, a agonia e a sua morte são o cenário sobre o qual os autores projetaram a sua relação com os jornais impressos, o rádio, a TV, a música, os jornalistas e a imprensa em geral.
Também analisaram a mitificação da sua figura na memória popular. São dezessete textos que refletem o papel que a mídia representou nesse fenomenal processo que se inseriu definitivamente na vida nacional.
O jeito Tancredo Neves de fazer política é uma das mais perfeitas traduções da arte mineira. Comprometido com os destinos de Minas Gerais e do Brasil, hábil articulador, espírito conciliador e democrata convicto.
Lançado no ano passado, A Palavra do Presidente, de Edilene Gasparini Fernandes é uma minuciosa análise dos discursos de posse dos presidentes da República do Brasil, desde o momento do pós-Golpe Militar, em 1964, até o último pronunciamento do ex-presidente Lula em 2007.
A autora se debruçou em quatorze discursos realizados ao longo de 43 anos e destrinchou como cada presidente usou as palavras para persuadir seu público ouvinte. Os anos se passaram, os regimes mudaram, mas o teor dos discursos pouco variou.
Os discursos - no final do livro está a íntegra de todos - dos presidentes eram sempre recheados de palavras de esperança e com forte apelo para as camadas mais carentes da população.
A obra é uma importante contribuição para a memória política brasileira e indispensável para quem se interessa pelo tema. Deixa o leitor mais aguçado, elevando ainda mais sua capacidade de percepção crítica.
Lançada neste mês nos Estados Unidos, a biografia do ex-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, de autoria do veterano correspondente da Casa Branca, o jornalista Don Fulsom vem causando polêmica. Na obra, o autor afirma que Nixon era homossexual, maltratava a esposa e tinha graves problemas com a bebida.
A biografia Os Segredos Mais Escuros de Nixon: A História dos Bastidores do Presidente Mais Problemático da América – em tradução livre - foi toda escrita com dados obtidos através de relatórios oficiais, fontes diretas da Casa Branca e ex-congressistas, segundo Fulsom.
A relação de amizade entre o ex-presidente Nixon e seu amigo banqueiro Charkes "Bebe" Rebozo, de origem cubana, era turbulenta e forte. O ex-presidente frequentava a casa do amigo a qualquer hora do dia ou da noite, sozinho ou com sua esposa. Nem as acusações de ser ligado à máfia, afastavam Richard Nixon de seu amigo Rebozo, afirma o autor.
Um ex-repórter da revista Time contou ao autor em depoimento, que viu o presidente Nixon segurando a mão do banqueiro durante um jantar em Washington. Nixon, era considerado pelos mais próximos como uma pessoa homofóbica.
A história de um assessor de Lyndon Johnson, seu antecessor na Casa Branca, que foi encontrado mantendo relações com um marinheiro, Nixon o chamou de “doente” e disse que esse tipo de pessoa não poderia ocupar cargos de confiança.
No livro, além de reforçar que Richard Nixon era gay, maltratava sua esposa e o apreço pela bebida, assessores mais próximos tinham liberdade para chamá-lo de “nosso bêbado”.
A primeira biografia autorizada sobre a vida do ex-presidente da República, Itamar Franco foi lançada no fim do ano passado. De autoria do jornalista Ivanir Yazbeck, O Real Itamar – Uma biografia revela detalhes da vida política e íntima do mineiro que governou o Brasil em um dos momentos críticos em que o país passava com o impeachment do presidente Fernando Collor.
A biografia desmistifica a fama de Itamar de ser temperamental e mostra o político de forma mais humana. A ética, a competência e a responsabilidade estão entre os novos adjetivos dado ao biografado.
O autor revela que Itamar, dono de um topete renitente, sempre apontado para cima, que se tornou sua marca registrada em charges e ilustrações nos cadernos de política gostava de uma boa conversa e sempre estava aberto para o diálogo.
A criação de uma nova moeda - o Plano Real - idealizado por Itamar Franco deu estabilidade econômica ao país, colocando um fim na inflação, praga que assolava todos os brasileiro. Itamar foi considerado pela revista The Economist como “o maquinista que colocou o Brasil nos trilhos”. O Real Itamar resgata não só o homem, mas o político que mudou a cara do país.
Itamar não viu sua biografia concluída, diagnosticado com leucemia, faleceu em julho do ano passado, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
O jornalista Paulo Moreira Leite reuniu em livro um conjunto de nove reportagens que publicou, entre 1995 e 2009, em diferentes veículos de comunicação.
São perfis, atualizados e revisados, de pessoas que se destacaram de alguma maneira na luta pelo fim do regime militar.
Em meio ao tremendo esforço coletivo que livrou o País daquele período de violência e injustiças, elas encarnaram, em algum momento, a consciência democrática do País.
O resultado é positivo. Além de conter boas histórias individuais, A Mulher que Era o General da Casa funciona como um bom painel do período. Também é oportuno.
Estimula reflexões no momento em que a Comissão Nacional da Verdade desenvolve esforços para mostrar a história real do regime, enfrentando a oposição de grupos que qualificam seu trabalho de revanchista. Leia mais.
A estreia do filme Lula, o filho do Brasil, do diretor Fábio Barreto em 350 salas de cinema de todo o país promete ser um dos recordistas de bilheteria. É um filme emocionante, mas não empolga.
O filme foca a infância e a adolescência do presidente Lula, a determinação da mulher nordestina, na figura de sua mãe dona Lindú. O primeiro casamento de Lula e o segundo, com Marisa Letícia.
A chegada à liderança no Sindicato dos Metalúrgico, no ABC, as greves são cenas marcantes desse enredo biográfico. O filme narra a história de Lula até início da década de 80, quando preso no DOPS em São Paulo.
O livro Emoções Ocultas e Estratégias Eleitorais, de Antonio Lavareda, lançado recentemente pela Editora Objetiva é peça fundamental para quem habita no universo da política, mas também quem vota. Além de examinar campanhas passadas o livro traz um capítulo que trata especificamente daquelas que costumam serem as principais “armas” dos candidatos, os comerciais de TV.
Especialista em campanhas - já participou de 76 - sendo três presidenciais, Antonio Lavareda trata no livro de alguns aspectos relevantes delas; como a formulação de pesquisas, a importância das alianças políticas e o marketing que a cada campanha tem recebido uma atenção especial. Sensacional o livro. Já garanti o meu!
Em breve chegará às telas de cinema o filme Milk – a voz da igualdade baseado na história do político americano, Harvey Bernard Milk. Nascido em Nova Iorque, residiu em São Francisco onde fez história política por ser o primeiro americano eleito a um cargo público que assumiu sua homossexualidade.
Bernard Milk foi assassinado em novembro de 1978 por um adversário político que estava desconsolado por perder nas urnas. Nas comunidades GLBT no país e internacionais, Milk é tido como herói. O filme de Gus Van Sant, com Sean Penn no papel de Milk e Josh Brollin no papel do assassino. O filme concorre ao Oscar.
Conheça a história por trás do criador do semanário de humor A Manha, dedicado a ridicularizar magnatas da imprensa, atormentar presidentes e debochar de intelectuais pretensiosos. Conheça Aparício Torelly, que se autoagraciou com o título de Barão de Itararé.
O jornalista Cláudio Figueiredo descreve a trajetória deste jovem que jogava sinuca com Villa-Lobos, almoçava em pensões baratas com Candido Portinari, foi colega de cela de Guimarães Rosa e amigo e inimigo de Getúlio Vargas.
Entre sem bater é uma narrativa que retrata meio século da história brasileira, através dos olhos e passos surpreendentes de um dos maiores humoristas do país.
Lançada no fim do ano passado, a biografia Laudo Natel – um bandeirante, escrita pelo jornalista Ricardo Viveiros, conta a fantástica história do ex-governador de São Paulo, Laudo Natel. Além de governador, Natel dirigiu o São Paulo Futebol Clube entre 1952 e 1970.
Em 1950 começou a trabalhar como diretor no Bradesco e foi um dos responsáveis pela consolidação da empresa que hoje é uma das maiores instituições financeiras privadas do país.
De políticos a empresários, a biografia é recheada de testemunhais, entre eles, Cláudio Lembo - ex-governador de São Paulo, Antônio Delfim Neto - ex-secretário e ex-ministro da Fazenda e Miguel Colasuonno - ex-prefeito de São Paulo. Grandes empresários como, Lázaro Brandão - presidente do Bradesco e Ivan Zurita- presidente da Nestlé, são alguns dos nomes que também conhecem a fundo a história do bandeirante paulista.
Laudo Natel governou São Paulo por duas ocasiões, entre 1966 a 1967 e 1971 e 1975. No primeiro mandato, ele era vice-governador e substituiu o governador Adhemar de Barros, cassado pelo regime militar. Natel deu continuidade aos projetos de Adhemar e unificou as usinas hidrelétricas de São Paulo, criou a CESP e deu prosseguimentos básicos para a construção do metrô de São Paulo.
Quando governou o estado pela segunda vez, Natel deu ênfase ao desenvolvimento do interior, unificando a malha viária em torno da FEPASA, prosseguiu a construção da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, criou a Sabesp e a Cetesb.
Também foi ele quem inaugurou as primeiras estações do Metrô e elaborou plano para desenvolvimento do Vale do Ribeira. Por ser do interior, Laudo Natel se definia como um governador caipira.
No comando do São Paulo Futebol Clube, ele não mediu esforços em obter recursos para a construção do Estádio do Morumbi. A recompensa por tamanho esforço veio em 2 de outubro de 1960, com a inauguração do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Estádio do Morumbi. Em 2005, recebeu homenagem do SPFC, tendo o novo centro de treinamento do clube, em Cotia, batizado com seu nome.
Mas quem pensa que Laudo Natel pendurou as chuteiras, está enganado. Aos 90 anos, o ex-governador está na ativa. Atualmente, ele deixa sua residência no Pacaembu e vai até a sede da instituição do Bradesco, onde ainda presta consultoria uma vez por semana.
Para manter a saúde em dia, Natel caminha mais de quatro quilômetros diariamente e cuida dos passarinhos que frequentam a área externa de sua casa.
Outras tradições continuam fazendo parte do dia a dia de Laudo Natel, como os jantares com os filhos, os jogos do São Paulo pelo radinho e o tradicional almoço de domingo ao lado da família, cercado pelos filhos, netos, bisnetos e descendentes.
Li e recomendo essa esplendida biografia de autoria do jornalista Ricardo Viveiros. Essa é uma leitura obrigatória para quem aprecia uma história de vida com todos os ingredientes básicos, para quem gosta de política e para quem é são-paulino até a medula.
Rio de Janeiro, verão de 1971. A casa do ex-deputado e pai de cinco filhos Rubens Paiva é invadida por agentes do serviço secreto do governo militar. Ele é levado para prestar depoimento e não volta mais. Amigos e familiares se lançam numa mobilização febril para tentar localizá-lo e desvendar o que está por trás do súbito acontecimento. Por que ele foi preso? Para onde foi levado? Quando voltará?
"Vai ser apenas um depoimento de rotina", disseram os policiais que o levaram de sua casa naquela ensolarada manhã carioca. Assim começou a jornada kafkiana de Rubens Paiva pelo submundo da repressão política, no auge da ditadura militar. Uma história comovente e espantosa, pela primeira vez reconstituída em todos os detalhes.
Com uma estrutura narrativa não linear, Jason Tércio associa técnicas de romance, biografia e reportagem à crônica histórica, para conduzir o leitor pelo labirinto de incertezas e intrigas que envolveram esse caso, ao mesmo tempo em que revela os principais momentos da vida de Rubens Paiva como político, empresário e pai de família. Uma trajetória marcada pelo espírito inconformista e por um determinado anseio de liberdade e justiça.
Escrito em linguagem literária, mas apoiado numa minuciosa pesquisa, Segredo de Estado ressalta os aspectos humanos do caso, entrelaçados ao contexto político e social, tendo como pano de fundo os bastidores do golpe militar e episódios inéditos da conjuntura subsequente. Um livro que esclarece vários pontos sobre este que é o mais controvertido dos desaparecimentos políticos ocorridos durante o regime militar.
Fazer campanha eleitoral hoje com as redes sociais fervilhando é fácil demais. Quando não existiam esses meios, a solução para tornar um candidato conhecido, no ditado popular, cair na boca do povo, era o jingle eleitoral. Esse recurso tão importante, tem sobrevivido e se fortalecido na era tecnológica.
Quando o jingle é bem feito e cai no gosto popular, sobrevive décadas. Para quem tem mais de 40 anos, com certeza vai lembrar de Varre,Varre, Vassourinha da célebre campanha para presidente de Jânio Quadros.
Nos anos 80, outro jingle presidencial entrou nos ouvidos dos brasileiros, o Ey, Ey, Eymael fez do desconhecido José Maria Eymael se tornar famoso no país inteiro. Ano passado, ele disputou sua terceira campanha para presidente e o Ey, Ey, Eymael, com nova roupagem, continua sendo sua marca registrada.
Em 1994, o candidato a presidente da República, Fernando Henrique Cardoso viu o seu Levanta a mão! Cair na simpatia do povo brasileiro, embalado na voz do compositor e cantor Dominguinhos.
Para a primeira campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, um trio de artistas formado por Gilberto Gil, Djavan e Chico Buarque gravou o Lula-lá, o jingle se tornou um símbolo do petista. Em 2006, para a reeleição à Presidência da República, os marqueteiros do presidente Lula surpreenderam a todos com o Deixa o homem trabalhar, que virou sucesso nacional.
História das campanhas eleitorais de 1930 até a de Dilma Rousseff, como nasce um jingle eleitoral e quem são seus compositores está nas 247 páginas do livro Jingles eleitorais e marketing político – uma dupla do barulho, do mestre em Comunicação, Carlos Manhanelli. Ele coleciona há mais de 37 anos essas pérolas da política e do marketing eleitoral brasileiro.
Lançado no início do mês de dezembro, o livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, relata irregularidades durante o processo de privatização de empresas públicas no governo Fernando Henrique Cardoso - 1995/2003.
Em poucos dias o livro se tornou um fenômeno de vendas, só no primeiro dia de lançamento chegou a marca dos 15 mil exemplares. A alta vendagem em tão pouco foi uma surpresa para editora e livrarias.
Mais 15 mil foi impresso nos últimos dias para suprir a demanda. Esse esgotamento relâmpago gerou o boato e difundido nas redes sociais de que as grandes livrarias do país Cultura, Saraiva e Siciliano estariam boicotando o livro a pedido do tucano José Serra, um dos personagens do livro. Em nota, a Cultura disse que tal fato não ocorreu.
A livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo desmentiu o boato de que houve uma tentativa de uma pessoa comprar todo o estoque do produto com o suposto objetivo de impedir que outros o adquirissem.
Os tucanos de plumagem lustrosa e bico grosso entraram em ação para rebater A Privataria Tucana. Em nota oficial, FHC classificou de “infâmia” e disse que o jornalista fabricou acusações e montou uma "calúnia organizada". O ex-presidente comparou ao Dossiê Cayman, conjunto de documentos falsos feitos para incriminar o PSDB nas eleições de 1998. O presidente nacional do partido, Sérgio Guerra promete processar o autor.
A obra já é um sucesso de vendas e figura na lista dos livros mais vendidos, segundo as livrarias, mas na grande mídia, A Privataria Tucana continua na penumbra.
A garoa que predominou no fim da última segunda-feira (5) marcou a noite de autógrafos no lançamento do livro O Poder pelo Avesso, da jornalista Dora Kramer do jornal O Estado de S. Paulo, na Livraria da Vila, na região dos Jardins.
O lançamento foi prestigiado por colegas da imprensa, como os colunistas César Giobbi, Barbara Gancia ... A jornalista e apresentadora do programa Em Questão, Maria Lydia também compareceu.
Dora Kramer reuniu em um só lugar políticos de diferentes matizes. Passaram por lá: O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), o prefeito Gilberto Kassab (DEM), o senador Eduardo Suplicy (PT) e o presidente nacional do PPS, Roberto Freire.
Também marcaram presença os ex-governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, Orestes Quércia e José Serra que deixou o governo na última sexta-feira (2) para concorrer à Presidência da República.
A data do lançamento do livro coincidiu com o aniversário da colunista Dora Kramer que recebeu os parabéns de todos que compareceram na Livraria da Vila.
Em 2010 o livro Lula, o filho do Brasil da jornalista Denise Paraná foi relançando e no embalo do lançamento do filme homônimo, foi sucesso de vendas.
Além do livro de Denise Paraná, chegou recentemente nas livrarias de todo o país O menino Lula, do jornalista Audálio Dantas.
Num texto emocionante, Audálio conta a saga do pequeno retirante nordestino que chegou à Presidência da República.
Após uma longa conversa com o presidente Lula em julho de 2009, o livro começa a ser escrito. Parte dessa história o jornalista já conhecia porque ele e Lula participaram de lutas sindicais e políticas nos anos de 1970 e 1980, contra a ditadura militar.
O Menino Lula é completado com várias fotos do acervo pessoal da família de Lula e por xilogravuras do paraibano Jerônimo Soares, um dos mais importantes ilustradores de cordéis do Brasil.
O jornalista Ricardo Kostcho que fez o prefácio de O Menino Lula, diz que, para quem não conhece o Brasil e seu Presidente, o livro poderá parecer uma ficção, mais um romance fantástico de Gabriel Garcia Marquez.
Ricardo kostcho diz ainda que "esse livro, porém, é uma prova de que, querendo, tudo é possível. Até mesmo mudar o nosso próprio destino".
Há coincidência na história do autor e Lula; ambos migraram ainda menino, do sertão nordestino. Audálio se tornou repórter, ex-deputado federal, conhecendo de perto os problemas que afetam a região.
O senador Pedro Simon (PMDB), lançou neste fim de semana na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre (RS), a obra A impunidade veste colarinho branco. É um livro crítico com a situação do país, onde mostra que o jeitinho brasileiro prevalece em todo lugar, principalmente na política.
De forma irônica, no estilo Pedro Simon, o livro critica fortemente a impunidade de políticos e cita frases conhecidas do povo: “tudo vai acabar em pizza”, “você sabe com quem está falando ?”. Essas e outras expressões compõe o primeiro parágrafo do livro.
No livro, Simon tece uma comparação de como haja a polícia com os políticos criminosos e quais as táticas ela usa quando com o povão. Com os delinquentes, a polícia é sempre preconceituosa e grosseira. Para gente importante, a polícia age de forma complacente e até solidária num processo de prisão.
Crítica, irônica e direta, Pedro Simon fecha a obra na contra capa do livro com a frase: “Os crimes de colarinho branco, vicejam porque semeados e fertilizados, pela impunidade. Para o rico, a justiça faz plantão para soltá-lo. Para o pobre, a polícia faz plantão para prendê-lo”.
Lançada recentemente Fragmentos de uma Vida, biografia da ex-primeira-dama Ruth Cardoso que faleceu em junho de 2008 mostra com riqueza de detalhes a vida de uma das mais importantes e discretas personalidades brasileiras das últimas décadas.
Escrita pelo jornalista, cronista e escritor Ignácio de Loyola Brandão, é a única biografia de Ruth Cardoso que conta com sua participação pessoal.
O autor realizou a partir de entrevistas exclusivas com a biografada, que por sua vez indicaram outras centenas de entrevistados, além de fatos e dados.
No estilo Ignácio de Loyola Brandão, a narrativa tem uma leveza, um tom das melhores crônicas escritas por ele nos seus livros e semanalmente nos jornais. Imperdível !
Chegou às livrarias de todo o país nesta quarta-feira (1), a biografia José Alencar – Amor à Vida, escrita pela jornalista Eliane Cantanhêde colunista do jornal Folha de S. Paulo. A biografia narra saga do mineiro, 11º de 15 filhos, que aos 14 anos saiu de casa para trabalhar e aos 18 se emancipou e como se tornou um dos homens mais rico do país.
O episódio que abre a narrativa é uma festa em 11 de dezembro de 2000, em que o então senador José Alencar era homenageado em Belo Horizonte pelos 50 anos de atividade empresarial. Na plateia, o então presidente do PT, José Dirceu, e Luiz Inácio Lula da Silva ficaram encantados com a verve e o entusiasmo de Alencar.
Numa linguagem coloquial, Eliane Cantanhêde narra saga desse mineiro de Iramuri, o 11º de uma família de 15 filhos, passando pela saída de casa aos 14 anos para trabalhar e aos 18 se emancipou. Alencar se torna um dos homens mais rico do país e de uma fé inabalável.
A biografia consumiu mais de 40 horas de entrevistas com José Alencar, algumas no hospital, durante o tratamento ao qual o vice ainda é submetido. Alencar continua internado na Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica do Hospital Sírio-Libanês, onde se recupera de uma cirurgia para corrigir uma obstrução intestinal realizada no sábado (27).
O presidente Lula que é um dos protagonistas da história de Alencar é o grande "ausente" do livro. Apesar do pedido pessoal do vice-presidente ao amigo, o presidente Lula se negou a dar entrevista para a autora. Leia mais.
Além do Feijão com Arroz é a autobiografia lançada recentemente do ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega - ministro da Fazenda de 1988 a 1990 - proporciona um passeio pela história recente do país e retrata transformações sociais ocorridas no Brasil desde a década de 1940.
Em livro autobiográfico, Maílson da Nóbrega diz que, antes de nomeá-lo, o Presidente da República José Sarney consultou o dono da Rede Globo, Roberto Marinho. Mas isso foi só o começo da ópera. No apagar das luzes, Sarney submeteu a dez ministros a proposta de renunciar.
Quando Maílson chega ao Planalto pela segunda vez, o governo Sarney é um exército em frangalhos. Ele é o quarto ministro da Fazenda, depois dos fracassos de Francisco Dornelles, Dílson Funaro e Bresser Pereira em deter a inflação. Ministros caem, a inflação não.
Em Além do Feijão com Arroz, Maílson da Nóbrega relata que ao término do governo Sarney, o então presidente eleito Fernando Collor foi à Brasília e, em conversa com Sarney fez três pedidos: um deles era o feriado bancário e outro, não contar nada a Maílson.
O livro Marilyn e JFK do crítico de cinema, François Forestier narra o caso de amor entre o maior símbolo sexual de Hollyood, Marylin Monroe e o ex-presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy.
Em meio a Guerra Fria, os dois mantiveram segredos e um deles é um caso de amor que durou uma década, mas não era tão secreto assim, o casal Marilyn e John Kennedy, foi grampeado pela KGB, gravado pela máfia e seguido pela CIA.
Baseado em entrevistas com figuras da época e fatos verídicos o livro é narrado como se fosse um roteiro de filme noir, rico em detalhes, recheado de emoções e muito humor negro. O livro revela a paixão intensa que Marilyn tinha por JFK e desmistifica a aura de bom-moço do líder americano.
Um resultado de dez anos de pesquisa, a biografia PadreCícero: poder, fé e guerra no sertão do jornalista Lira Neto será lançada no próximo dia 8 de dezembro em Fortaleza (CE) no Centro Cultural Dragão do Mar, a partir das 19 horas.
Baseado em documentos raros e inéditos, o autor se debruça na vida do mais amado e controvertido religioso que o Brasil já teve, Cícero Romão Batista, para os romeiros e fiéis, o “Padim Ciço”.
Padre Cícero foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, em 1911, quando o povoado foi elevado a cidade. Voltou ao poder, em 1914, quando o governador Marcos Rabelo foi deposto.
No final da década de 20, o Padre Cícero começou a perder a sua força política, que praticamente acabou depois da Revolução de 1930. Seu prestígio como santo milagreiro, porém, aumentaria cada vez mais.
Hoje à noite fui ao lançamento do livro-reportagem Mordaça no Estadão do jornal O Estado de S. Paulo de autoria do jornalista José Maria Mayrink, sobre as matérias censuradas no regime militar, quando entrou o AI-5, em 13 de dezembro de 1968.
O lançamento foi na livraria Cultura do Conjunto Nacional na Avenida Paulista, centro de São Paulo. Muitos jornalistas presentes, alguns que conheço porque escrevem diariamente ou semanal no jornal O Estado de S. Paulo, entre eles, Daniel Piza. O jornalista Carlos Brickmann do jornal Diário de S. Paulo. Fiquei surpreso, esperava um número expressivo de políticos, mas o tempo que fiquei lá ( 20 minutos só na fila para o autográfo e mais uma hora circulando pela livraria) encontrei apenas o ex-governador de São Paulo e atual secretário municipal de Negócios Jurídicos, Cláudio Lembo (DEM).
o livro é magnífico para quem gosta do tema e para aqueles que se interessam mais sobre a história política e jornalística do país, o livro nos leva a era da ditadura militar e faz lembrar - jamais podemos esquecer - o momento sombrio que passamos, onde a liberdade de expressão era praticamente zero; o que valia mesmo era a canetada dos despreparados membros do governo militar que agiam de forma áspera, grosseira a quem contrariasse o pensamento e as ações do governo militar. O livro Mordaça no Estadão é leitura indispensável para alunos de comunicação social.
Lançado em setembro de 2008, Minha Vida de Prefeita – O que São Paulo me ensinou - é o livro que conta a trajetória do governo de Marta Suplicy nos quatro anos que comandou a prefeitura da maior cidade da América Latina. As três primeiras páginas são sobre a família.
Mas como o livro é uma biografia, melhor, podemos dizer que é um raio-x do governo Marta, a ex-prefeita relata o susto que teve quando encontrou a Prefeitura, o nascimento dos programas sociais, as dificuldades, os obstáculos que surgiram e preconceitos que enfrentou.
Os sonhos na gaveta, a coragem, planejamento para avançar, a periferia com voz no poder tudo isso e muito mais está na obra que é o balanço da administração de Marta Suplicy de 2001 até 2004 quando deixou o cargo.
O livro possibilita uma leitura detalhada do que não se viu quando ela foi prefeita, porque não fazia parte da cobertura jornalística. Também não havia interesse da grande mídia em mostrar um governo voltado para o social, revolucionário na educação e destemido no transporte público.
Afirmo isso com convicção, resido em São Paulo há mais de 14 anos (no fim da década de 80 também morei aqui) e vi como São Paulo estava e como ficou depois do governo implantado por ela. Enfim, vale a pena ler o livro, só assim é possível ter uma visão e fazer uma análise dessa administração que fez grandes mudanças com parcos recursos e num curto espaço de tempo.
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