Com oito nomes em uma lista de dez, a região Nordeste do
Brasil é a que a concentra o maior número de candidatos mais jovens que tentam
uma vaga de prefeito nas eleições do próximo dia 7 de outubro.
No topo da lista está Elvson Teixeira de Melo, 20, de Traipu
(AL), sobrinho de políticos em uma cidade de pouco mais de 25 mil habitantes e
na qual seus dois concorrentes são ex-prefeitos e réus em processos de
corrupção.
A lista foi feita pelo UOL a partir de dados de candidaturas
divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgados preliminarmente,
uma vez que a data final para que a Justiça Eleitoral dê o aval aos registros é
o próximo dia 5.
Pela constituição e pela legislação eleitoral, a idade
mínima para que um candidato se lance à disputa de uma prefeitura é 21 anos
completados até a data da posse; para vereador, a idade mínima é de 18 anos.
Estreante em disputas, Melo terminou o Ensino Médio e não
tem, por enquanto, planos para cursar o Ensino Superior. A partir da
experiência política na cidade, afirmou, em entrevista ao UOL, o jovem disse
que o combate à corrupção será o foco de sua campanha.
Planos para resolver o problema, porém, ele disse ainda não
os ter.
“No momento a gente não pensou ainda muito bem sobre isso,
porque o foco maior é fazer uma análise do nosso município e ver quais os
problemas”, resumiu, para ressalvar: “Mas acho importante o político ter
graduação em uma área; estou me inteirando e provavelmente farei uma faculdade
para dar bons exemplos à minha juventude”.
O candidato disse ter sido influenciado pelos tios --um,
ex-vereador de três mandatos; outro, ex-vice-prefeito --a seguir a carreira.
“Virou uma tradição de família; resolvi me integrar à missão”, declarou.
Além de Melo, o Nordeste ainda tem representantes na lista
dos dez mais jovens --todos, com 21 anos --pelas cidades Chaval (CE), Pirambu
(SE), Belém do Piauí (PI), Araioses (MA), Santa Brígida, Seabra (ambas, BA) e
Barra de Santana (PB). Completam o grupo Ibirité (MG) e Praia Norte (TO).
Análise
Para o especialista em marketing político e diretor
corporativo da ESPM Emmanuel Públio Dias, aspectos como o patrimônio político e
o tempo de mídia do candidato são mais relevantes que fatores isolados como a
idade.
“Valem mais fatores como apoios políticos, as qualidades
intrínsecas do candidato ou mesmo o tempo em rádio e TV, por exemplo, do que
olha isoladamente a idade”, disse, para completar: “E em marketing político,
nenhum fator é olhado isoladamente, mas um conjunto de símbolos que tenham a
ver com o candidato e com o cenário onde ele está inserido”, afirmou.
Quatro dos dez candidatos mais velhos na disputa pelo
comando de uma prefeitura no Brasil estão nos Estados de São Paulo e Minas
Gerais, com dois nomes cada um. No topo desse ranking está o empresário
Sebastião Biazzo (PMDB), 89, que já chefiou o Executivo do município de Aguaí
(193 km de São Paulo) outras cinco vezes.
A lista dos dez candidatos mais velhos foi feita pelo UOL a
partir de dados de candidaturas divulgados pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral). Mas o levantamento é preliminar, uma vez que a data final para que
a Justiça Eleitoral dê o aval aos registros é o próximo dia 5.
Avesso a entrevistas, o ex-prefeito de Aguaí informou à
reportagem, por e-mail, que decidiu se colocar mais uma vez como opção ao
eleitor da cidade de pouco mais de 32 mil habitantes por sentir disposição para
o trabalho.
"Me sinto com plena disposição fisica e mental para o
trabalho, e assim também me sinto apto para trabalhar como prefeito",
disse.
A tentativa de nova
eleição ocorreu, segundo ele, porque a população tem sido
"maltratada". "A população de Aguaí vem sendo maltratada com
péssimo serviço de saúde, ausência de criação de empregos, desrespeito ao
funcionalismo publico e outras mazelas", afirmou Biazzo.
"Penso que agora posso recolocar a cidade num rumo
certo, melhorando os serviços e, principalmente, agora, com a cidade tendo uma
boa estrutura fisica que foi construída anteriormente, possa desenvolver
economicamente e criar oportunidades de emprego para a população",
afirmou.
Dez mais “experientes”
Conforme os dados dos registros de candidatura divulgados
pelo TSE, os dez candidatos mais velhos, além de Aguaí, estão (por ordem
decrescente) nas cidades de Paiva (MG), Santa Cruz das Palmeiras (SP), Capela
de Santana (RS), João Dourado (BA), Barros Cassal (RS), Riachão das Neves (BA),
Padre Bernardo (GO), Brasilândia do Tocantins (TO) e Ituiutaba (MG), com idades
que variam entre 87 e 82 anos.
Pela Constituição e pela legislação eleitoral, a idade
mínima para que um candidato se lance à disputa de uma prefeitura é 21 anos.
Para a Câmara de Vereadores, a idade mínima é de 18 anos completados até a data
da posse.
Análise
Para o especialista em marketing político e diretor
corporativo da ESPM Emmanuel Públio Dias, aspectos como o patrimônio político e
o tempo de mídia do candidato são mais relevantes que fatores isolados como a
idade.
“Valem mais fatores como apoios políticos, as qualidades
intrínsecas do candidato ou mesmo o tempo em rádio e TV, por exemplo, do que
olha isoladamente a idade”, disse, para completar: “E em marketing político,
nenhum fator é olhado isoladamente, mas um conjunto de símbolos que tenham a
ver com o candidato e com o cenário onde ele está inserido”, afirmou.
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