O sequestro ocorreu na segunda-feira (05). Segundo a Polícia Civil, o empresário Hélio
Pereira da Silva, 51, dono do restaurante em que Angélica estagiava como
nutricionista, foi o principal mentor do sequestro. O candidato a vereador e o
empresário eram amigos e resolveram sequestrar a irmã do atacante da Seleção
Brasileira para saldar dívidas. Hélio Pereira teria dívidas de R$ 110 mil. Não
foi revelado quanto o candidato estaria devendo.
No momento em que ela foi abordada, na frente do
estabelecimento comercial no bairro do Catolé, zona sul de Campina Grande, a
irmã do jogador estava com o empresário, que chegou a se passar por vítima. No
cativeiro, ela recebeu alimentação fornecida pelo restaurante do empresário.
Desconfiou do cardápio e se deu conta da participação do seu patrão.
Ela contou a Polícia que, no cativeiro, o homem que lhe
vigiava confessou que receberia R$ 3 mil pelo trabalho. Angélica teria lhe
proposto pagar R$ 6 mil. O homem teria
aceitado a proposta e ainda acertado para pegar a quantia combinada na casa da
vítima. Não concluiu a operação, porque foi preso no dia seguinte pelos
policiais.
Todos os detalhes das trapalhadas dos sequestradores foram
relatadas na coletiva de imprensa na Central de Polícia. Além de Hélio Pereira,
outras três pessoas teriam participado do sequestro.
O outro mentor do crime, segundo a polícia, foi identificado
como Rodolfo Bruno Barbosa de Sousa, 21 anos. Ele é conhecido como Rodolfo
Sinfrônio e foi candidato a vereador e teve apenas 265 votos. De acordo com o
delegado geral adjunto da Polícia Civil de Campina Grande, André Rabelo,
Rodolfo teria emprestado o carro - uma blazer - que foi usado no rapto. O
candidato continua foragido e um mandado de prisão está sendo expedido.
Os outros dois acusados foram identificados como Victor Hugo
Henrique da Silva, 20 anos, e José Eliton de Melo Santos, 28 anos. Ambos vão
responder por extorsão mediante sequestro. O delegado Henri Fábio informou que
os acusados pediram R$ 300 mil de resgate, que não precisaram ser pagos.
O delegado também informou que, logo após o sequestro, Hélio
Pereira ficou detido como testemunha e foi ouvido pelos policiais. Mesmo
percebendo contradições em seu depoimento, os policiais liberararm o dono do
restaurante, mas mandou agentes o seguirem. Ainda segundo Henri Fábio, o
sequestro também não deu certo porque Hélio desconfiou que estava sendo
monitorado.
"A frieza com que eles premeditaram o crime foi
chocante, mas eles eram amadores neste tipo de crime e nao imaginariam a
proporção que ele iria tomar. Tanto que ficaram com tanto medo que resolveram
liberar a vítima", disse Henri.
O sequestro
Por volta das 14h da segunda-feira (5), Angélica Aparecida
Vieira de Souza estava dentro do carro na frente do restaurante em que
estagiava como nutricionista esperando o empresário Hélio Pereira da Silva. De
acordo com major Alecsandro Medeiros, sub-comandante do 2º BPM, o Comando de
Operações da Polícia Militar (Copom) foi comunicado sobre o sequestro praticado
por homens armados que se aproximaram do veículo onde a vítima estava, no
bairro do Catolé, e a retiraram do carro sob a mira de armas.
À noite, a polícia confirmou que a família de Hulk havia
pedido o afastamento das investigações. Mas só depois de 21 horas, Angélica foi
deixada próximo de casa em um Honda Civic de cor prata. A emoção foi grande
entre familiares, vizinhos e amigos. Um vídeo feito pela equipe da TV Correio,
afiliada da rede Record na Paraíba, mostra o momento da chegada de Angélica em
casa.
Hulk
Givanildo Vieira de Souza, o Hulk teve a contratação mais
cara do mundo - R$ 143 milhões - pelo time russo do Zenit. O paraibano é também
o titular da Seleção Brasileira de Futebol, comandada por Mano Menezes.
O atleta também é conhecido por ser muito próximo da
família. No último dia 10 de setembro, quando o Brasil jogou no Recife um
amistoso contra a China no estádio do Arruda, Hulk aproveitou a oportunidade e
levou toda a família para assistir a partida.
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