Do jornal O Estado de S.Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrou de
seus secretários uma divulgação mais intensa dos projetos de sua gestão, com o
objetivo de melhorar a imagem da administração estadual e fortalecer a campanha
por sua reeleição, em 2014.
Alckmin reuniu chefes de 12 pastas por quase duas horas na
noite de anteontem, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Ele
determinou que os chefes das pastas do governo organizem eventos em todo o
Estado para inaugurar obras, anunciar a prestação de novos serviços e entregar
benefícios sociais.
Marcas. O núcleo do governo tem demonstrado preocupação com
a falta de "marcas" fortes na administração do tucano. Alckmin
demonstrou otimismo com a execução dos principais projetos da administração,
mas reclamou que o time político de seu governo ainda patina na comunicação com
aliados e com o eleitorado.
O governador pediu especificamente que os secretários viajem
aos municípios paulistas para divulgar tanto o lançamento de obras que ainda
estiverem no papel quanto a entrega dos projetos concluídos. Alckmin quer que
os eventos sejam organizados mesmo que ele não possa estar presente, sob o
comando dos chefes das pastas do governo.
"Tão importante quanto o fim da construção é o momento
em que a máquina começa a quebrar o chão. Esse movimento já dá ao morador uma sensação
imediata de ganho", resume um integrante do secretariado.
O governador cobrou que os secretários elejam como
"medalhas" e acompanhem de perto quatro ou cinco programas de suas
respectivas áreas de atuação. Alckmin quer que cada pasta acelere a execução
dos projetos e entregue resultados significativos ao fim do mandato.
Atrasos. A equipe do Palácio dos Bandeirantes enfrenta
atrasos em uma série de projetos que deveriam ser apresentados como vitrines de
Alckmin na campanha à reeleição. Esta semana, o governador admitiu que o trecho
Norte do Rodoanel, que deveria estar pronto em 2014, só deve ser concluído em
2016.
O tucano também determinou que os programas sejam tocados
com austeridade máxima, a fim de evitar gastos excessivos.
Esta foi a segunda reunião de Alckmin com seus secretários
para realizar um balanço dos primeiros dois anos de seu governo. A primeira
aconteceu na semana passada e o terceiro encontro está marcado para a próxima
segunda-feira.
Secretariado. Nos próximos meses, o governador também
pretende fazer mudanças nos comandos de suas secretarias para acelerar a
execução de projetos e abrigar os partidos que devem apoiar sua reeleição.
Aliados preveem que o DEM e o PTB serão beneficiados nesse rearranjo, e que o grupo
do PSDB ligado ao ex-governador José Serra também terá espaço no governo.
São esperadas alterações nos comandos das pastas de
Desenvolvimento Metropolitano, Desenvolvimento Econômico, Turismo, Agricultura
e Justiça.
Alckmin deve nomear nas próximas semanas Eduardo Cury
(PSDB), ex-prefeito de São José dos Campos, como novo diretor-presidente da
Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS).
A indicação faz parte de uma estratégia para incluir no
governo ex-prefeitos tucanos que concluíram seus mandatos em dezembro de 2012.
Na lista estão também Vitor Lippi (Sorocaba) e Barjas Negri (Piracicaba). Este
último é cotado para dirigir a Fundação para o Desenvolvimento da Educação
(FDE).
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