Direta ou indiretamente, todos os pré ou potenciais
candidatos à Presidência da República já reclamaram da exagerada --mas não
inédita-- antecipação da disputa eleitoral de 2014.
Apesar disso, nenhum dá sinais de desaceleração. Pelo
contrário. Na agenda, nas articulações e nas declarações públicas, atuam cada
vez mais como se estivessem a poucos meses do pleito.
A cerca de um ano e seis meses da eleição, o quadro de
concorrentes parece consolidado: a presidente Dilma Rousseff (PT) deve disputar
a reeleição contra um franco opositor, o tucano.
Aécio Neves; um "descolado" da base aliada, o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); e uma dissidente do atual
consórcio do poder, a ex-ministra Marina Silva, agora engajada na viabilização
de um novo partido, a Rede Sustentabilidade.
Nesse cenário, também já é possível listar as vantagens
objetivas e, principalmente, as fragilidades evidentes de cada desafiante.
Com a popularidade em alta, 58% das intenções de voto na
última simulação do Datafolha, maior arco de alianças e maior capacidade de
arrecadação de recursos para a campanha, é difícil achar alguém que coloque em
dúvida o favoritismo de Dilma.
Seus maiores riscos, pelo menos por enquanto, estão na
gestão da economia, já que o país cresce em ritmo menor na comparação com o
período anterior, de Lula.
Aécio e Campos têm gestões bem avaliadas em seus currículos,
mas ainda enfrentam questionamentos em seus próprios partidos e tendem a ter
muito mais dificuldades para fazer alianças.
A situação mais complicada é a de Marina. Mesmo sendo bem
sucedida na criação da Rede, ela teria o menor tempo na TV. (ADRIANO BRITO,
DANIELA LIMA E PAULO GAMA).
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