São Paulo – Pré-candidato ao
governo paulista pelo PMDB e presidente da Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf contratou a jornalista Helena Chagas,
ex-ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma
Rousseff, para comandar a assessoria de imprensa de sua futura campanha.
A decisão foi tomada na mesma semana em que Dilma, em jantar
com peemedebistas em Brasília, afirmou que a candidatura de Skaf e a do petista
Alexandre Padilha são a “fórmula” para forçar o segundo turno em São Paulo e
derrotar o PSDB do governador Geraldo Alckmin. Os tucanos governam São Paulo há
20 anos e venceram as duas últimas disputas em votação única.
Helena Chagas vai atuar em parceria com o jornalista Guilherme
Barros, ex- assessor do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Além deles, Skaf já
conta em seu estafe com outros nomes que trabalharam para o PT em campanhas
passadas. O publicitário Duda Mendonça, que comandou a campanha presidencial de
Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, será o marqueteiro do peemedebista e o
advogado Hélio Silveira, que assessorou as campanhas dos petistas Marta
Suplicy, Aloizio Mercadante e Fernando Haddad, já atua com o peemedebista.
Skaf, que disputa o Palácio dos Bandeirantes pela segunda
vez (foi candidato pelo PSB em 2010), deixará hoje o comando da Fiesp para se
dedicar exclusivamente à pré-campanha. Ele será substituído por Benjamin
Steinbruch até outubro, quando reassumirá o cargo independentemente do
resultado da eleição. Se for eleito governador, deixará a Fiesp em definitivo
em dezembro.
Dilema do vice. Embora tenha avançado na formação da equipe,
Skaf ainda patina na composição da chapa propriamente dita. A desistência do
ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD) de disputar o Senado
(mais informações nesta página) esfriou a aproximação do peemedebista com o
partido comandado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab.
O peemedebista estava disposto a ceder a vice e a vaga ao
Senado para o PSD, mas o anúncio de Meirelles foi visto como maior aproximação
de Kassab com Alckmin – o ex-prefeito quer ser o vice na chapa tucana e um
terceiro partido, ou o próprio PSDB, lançaria o candidato ao Senado.
Agora, a tendência é o PMDB entrar na disputa com uma chapa
pura. Outra opção é oferecer a vaga da vice para o PROS, único partido até
agora que declarou apoio a Skaf.
A partir de agora, o pré-candidato vai investir em agendas
mais próximas da estrutura do PMDB – por causa do vínculo com a Fiesp, Skaf
vinha dando prioridade a agendas mais institucionais, vinculadas ao Senai.
Seu primeiro compromisso com lideranças do PMDB está marcado
para amanhã, em Campinas. O estilo centralizador de Skaf causou tensão com
deputados estaduais do PMDB, que querem mais espaço na montagem do palanque.
Do Radar Político, O Estado de S.Paulo
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