Com previsão de investimentos de R$ 198,4 bilhões nos
próximos anos, o governo federal anunciou nesta terça-feira (9) a nova fase do
Programa de Investimento em Logística (PIL), que vai privatizar aeroportos,
rodovias, ferrovias e portos. Desse total, R$ 69,2 bilhões devem ser aplicados
entre 2015 e 2018, durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
O pacote de investimentos é mais uma tentativa da presidente
de modernizar parte da infraestrutura do país. Essa nova versão do PIL também é
uma reação de Dilma à queda de sua popularidade provocada pela desaceleração da
economia e as denúncias de corrupção na Petrobras.
Na primeira fase do PIL, anunciada em agosto de 2012, havia
a previsão de investimentos de R$ 133 bilhões apenas em rodovias e ferrovias.
Entretanto, dos nove trechos de estradas, apenas seis foram leiloados. Dos
projetos de ferrovias, nenhum saiu do papel.
Para essa nova fase do programa, o governo fez mudanças para
atrair os investidores e reduzir as chances de novas frustrações. Entre elas
está a possibilidade de concessão por meio de outorga, em que vence quem paga
ao governo o maior bônus pelo direito de explorar um serviço. Esse modelo foi
adotado durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e
era criticado pelo PT.
"Com uma melhor infraestrutura, nós vamos poder atender
melhor o setor agropecuário, poderemos escoar mais rapidamente a produção do
Brasil. A redução dos custos beneficiará em muito a indústria, reduzindo custos
de importação e exportação, promovendo maior integração entre as cadeias
globais de valores. Também vamos atender ao aumento do volume de viagens do
Brasil, proporcionando melhores serviços", disse o ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, durante o anúncio do pacote.
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