Brasília - O Ministério do Planejamento comunicou nesta
terça-feira, 21, ao diretor-geral do Supremo Tribunal Federal, Amarildo Vieira
de Oliveira, sobre o veto ao projeto de reajuste que varia 56,4% a 78,6% aos
servidores do Judiciário. O prazo para a presidente Dilma Rousseff sancionar ou
vetar a proposta, aprovada pelo Senado em 30 de junho, expira hoje. Durante
todo o dia, servidores fizeram protesto com buzinas, vuvuzelas e faixas em
frente ao Palácio do Planalto.
Em ligação no início da tarde, o Planejamento confirmou ao
Supremo o veto ao projeto, que já era esperado nos bastidores da Corte. Logo
após a aprovação da proposta no Senado, Dilma chegou a dizer que era
“insustentável” dar “níveis de aumento tão elevados”. O reajuste foi assunto no
encontro de Dilma com o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski em
Portugal no início do mês.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, havia
recomendado o “veto integral” ao projeto de reajuste. O Planejamento apontou
nota de equipe técnica que calculou em R$ 1,5 bilhão o impacto orçamentário com
o reajuste em 2015, passando para R$ 10,5 bilhões em 2018.
Lewandowski deve aguardar a apreciação do veto pelo
Congresso para se manifestar.
Depois de despachar pela manhã no Planalto, Dilma decidiu
transferir sua agenda da tarde para o Palácio da Alvorada, sua residência
oficial. A mudança de local de cumprimento da agenda, embora o governo não
admita, foi um protesto de servidores do Judiciário para pressionar a
presidente pelo não veto ao reajuste da categoria, aprovado pelo Congresso.
O Estado de S.Paulo
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