O presidente do PMDB em São Paulo, deputado federal Baleia
Rossi, foi apontado pelos investigados na Operação Alba Branca como recebedor
de propinas do esquema de merendas em contratos assinados pela Coaf
(Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) nas prefeituras de Campinas e Ribeirão
Preto, no interior paulista.
O vice-presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva,
o Cal, afirmou ter ouvido do presidente da entidade, Cássio Chebabi, e de
vendedores da cooperativa "que em relação às vendas para as prefeituras de
Campinas e Ribeirão Preto, valores eram repassados ao deputado Baleia Rossi".
"Sendo que os valores eram pagos por Cássio Chebabi."
O vice-presidente da Coaf afirmou à Polícia Civil e ao
Ministério Público que, em Ribeirão Preto, um assessor do deputado, cujo nome
não se recorda, era o contato da cooperativa. Ligado ao PMDB de Bebedouro (SP),
Cássio Chebabi era o responsável pelas visitas à cidade que é base política de
Baleia Rossi.
Pacote
Um dos vendedores da Coaf ouvidos pelos investigadores da
Operação Alba Branca relata ainda uma suposta entrega, sem sucesso, de um
pacote com R$ 200 mil para Baleia Rossi.
Adriano Gilbertoni Mauro disse, em depoimento, que em
setembro de 2014 foi até Ribeirão Preto acompanhar o presidente da Coaf.
"Dirigiram até onde o deputado estadual Baleia Rossi estava, ocasião em
que Cássio lhe informou que levava consigo um pacote de R$ 200 mil em
dinheiro."
O vendedor da Coaf diz ter visto o pacote que seria entregue
ao parlamentar. "Cássio se reuniu com ele e voltou com o dinheiro,
alegando que Baleia Rossi havia pedido para que entregasse o dinheiro para o
então candidato a deputado estadual, de Bebedouro, Gustavo Spido, para quem o
dinheiro acabou não sendo entregue, tendo ficado com Cássio."
Procurado, o deputado Baleia Rossi não foi localizado para
comentar o assunto. As informações são do jornal "O Estado de S.
Paulo".
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