A ficção tem retratado o mundo político brasileiro de várias
formas há muito tempo. As mazelas, mentiras, políticos inescrupulosos têm feito
parte dos folhetins; mas nem tudo é sordidez, há políticos sérios que são muito
bem interpretados por grandes atores. Abaixo, veja alguns personagens políticos
históricos da nossa teledramaturgia.
Em "O Bem Amado" (1973), Odorico Paraguaçu
torna-se prefeito da cidade de Sucupira com uma promessa excêntrica: a
construção do cemitério da cidade. O personagem, vivido por Paulo Gracindo, é
corrupto, demagogo, mulherengo e costumava criar frases e neologismos em seus
discursos.
Além da viúva Porcina (Regina Duarte) e Sinhozinho Malta (Lima
Duarte), "Roque Santeiro" (1985) tinha o prefeito Florindo Abelha
(Ary Fontoura), que explorava a suposta divindade de Roque Santeiro, mesmo
sabendo que ele não havia morrido.
De boia-fria a político, Sassá Mutema (Lima Duarte) passa de
analfabeto a prefeito da cidade. A novela "O Salvador da Pátria"
(1989) mostra sua evolução, o aprendizado das primeiras palavras e a vida dura
como agricultor.
Milton Gonçalves viveu Romildo Rosa, um político poderoso
que veio de família pobre, mas conseguiu enriquecer por meio de negociações nem
sempre muito honestas. Apesar de corrupto, não acha que seja um canalha e vive
tendo problemas com os filhos.
Defensor dos sem-terra, o senador Roberto Caxias (Carlos
Vereza), em "O Rei do Gado" (1996), era um dos destaques da trama por
ser um político honesto.
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